Publicado: Quinta-feira, 15 de março de 2007
Escolas Públicas e Municipais entenda as mudanças
Municipalização, EMEIs, transporte escolar, o que mudou?
Lilian Sartório
Por Lilian Araujo Sartório
Com a municipalização das escolas de Ensino Fundamental de Itu e do novo sistema de ensino das EMEIs (Escola Municipal de Ensino Infantil), que foi implantado em 2006, surgiram muitas dúvidas de pais e educadores.
Com a municipalização das escolas de Ensino Fundamental de Itu e do novo sistema de ensino das EMEIs (Escola Municipal de Ensino Infantil), que foi implantado em 2006, surgiram muitas dúvidas de pais e educadores.
Em entrevista exclusiva à equipe do www.itu.com.br, a Secretária Municipal de Educação, Marilda Cortijo, respondeu às dúvidas mais freqüentes e falou sobre alguns dos projetos municipais relativos à educação.
O que mudou com a municipalização
De acordo com Marilda, todas as escolas de Ensino Fundamental I (1ª a 4ª) de Itu foram municipalizadas, sem exceção, no dia 16 de março de 2006. O número de salas de aula, no entanto, aumentou em 10, nas escolas que possuíam espaços ociosos, acolhendo mais 350 alunos.
A maioria dos professores continuou na escola que dava aula, aderindo ao convênio com a prefeitura, que os contrata por cinco anos, podendo renová-lo por mais cinco e assim sucessivamente. Os professores conveniados, segundo a secretária, não precisam participar de atribuições e continuam recebendo o mesmo salário.
Também foi implantado o sistema de retenção na 2ª, 4ª, 6ª e 8ª séries, pois vários alunos, que vieram do sistema de educação continuada tinham sérias dificuldades em ler e escrever nas séries em que se encontravam.
Escolas Municipais de Ensino Infantil
Atualmente, cerca de 6.200 crianças estudam nas EMEIs da cidade, segundo informou a Secretária Municiapl de Educação. As vagas são distribuídas de acordo com a proximidade da residência, irmãos na mesma escola e por idade, já que a reestruturação da tabela permite que os alunos que tem a partir de seis anos cursem o Ensino Fundamental I.
Através de pesquisas realizada com as crianças e professores das EMEIs, foi constatada a necessidade de um material didático especial. Para o desenvolvimento deste projeto a Secretaria da Educação abriu concorrência para que várias empresas apresentassem seus métodos de educação. Sistemas de ensino como Etapa, COC, entre outros apresentaram seus projetos, mas os professores das escolas também participaram da concorrência, escrevendo sua própria apostila. O Caderno de Aprendizagem para Crianças (desde o maternal até a 3ª fase), desenvolvido pelos professores de acordo com as necessidades das escolas, foi implantado e, de acordo com Marida, é um dos destaques na melhoria do Ensino Infantil,.
Outras novidades nas EMEIs foram o ensino da Capoeira e a integração de monitores. O esporte foi inserido na grade das crianças que ficam na escola em tempo integral para que pratiquem atividades, tenham noções de disciplina e respeito pelos colegas.
Os monitores acompanham, principalmente, os alunos portadores de necessidades especiais, com dificuldades de aprendizado, relacionamento e etc. Também houve a normatização do Ensino Infantil, diminuindo a burocracia e as filas que os pais enfrentavam para conseguir vagas.
Transporte escolar
O transporte escolar continua sendo o maior problema enfrentado pelos pais e o motivo principal das reclamações.De acordo com Marilda, os alunos das EMEIs não têm direito ao transporte público, ficando a cargo dos próprios pais levá-los à escola.
Os alunos do Ensino Fundamental I e II (de 1ª a 8ª) podem pegar o passe escolar na Viação Itu, recebendo o reembolso de 100% da Prefeitura. Segundo a Resolução 32 de Leis Federais, o aluno pode andar até 2 km até o ponto de ônibus mais próximo de sua residência.
Os alunos que moram em locais onde não há condução e os pontos excedem o limite federal de 2 km recebem transporte gratuito até as escolas, feito através de vans e kombis. Para ter este benefício, os responsáveis devem fazer o cadastro ou recadastramento anualmente na Secretaria de Educação.
Para que o transporte seja feito, a Secretaria confere o índice de freqüência dos alunos nas escolas. Segundo Marilda, no ano passado, vários alunos que usavam as vans não estudavam, chegavam até a porta da escola, não entravam e depois só retornavam na hora de voltar para casa, desperdiçando a verba do Plano Nacional de Apoio ao Transporte Escolar e ocupando a vaga de quem realmente gostaria de estudar.
Entrevistamos V.A., que não quis se identificar, para contar a sua história. O seu depoimento traduz a dificuldade de muitas pessoas. Leia!
Esperamos que, com estas informações, muitas dúvidas sejam esclarecidas e que os problemas com a educação e transporte na cidade finalmente sejam resolvidos. Afinal, toda criança precisa estudar!
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