Economia & Negócios

Publicado: Quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Afinal, o que é Bolsa de Valores?

Saiba o que é necessário para começar a investir.

Crédito: Google Afinal, o que é Bolsa de Valores?
O passado de berros da Bolsa acabou. Agora o pregão está na era da Web 2.0

Por Leandro Sarubo

A escalada da economia brasileira nos últimos anos permitiu à população ingressar em lojas antes não visitadas e corredores de supermercados antes evitados.

O ganho real de renda, mais que favorecer o mercado interno, favoreceu investimentos externos, promoveu uma nova corrida às poupanças, incrementou a carta de oportunidades de aplicação oferecida pelos bancos e trouxe mais interessados em "participar" da Bolsa de Valores de São Paulo.

Como ainda muita gente zapeia quando os economistas aparecem nos telejornais com seus jargões característicos, a reportagem do Itu.com.br buscou aprofundar e facilitar a discussão sobre o tema conversando com um professor do campi sorocabano da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Portanto, esqueça o medo e entenda um pouco mais sobre a opção ousada para os cofrinhos e colchões.

A bolsa é pública ou privada?

Segundo José Cesar Cruz Junior, docente do curso de Ciências Econômicas da universidade, a bolsa de valores é uma “organização privada que intermedia negociações no mercado de capitais”. Aquelas ações que você tanto ouve Joelmir Beting e Carlos Alberto Sardenberg falarem são, na verdade, os “produtos” oferecidos  – fragmentos do capital aberto de empresas.

O Brasil se diferencia por não ter uma bolsa de valores tradicional, como Alemanha e outros países europeus. A Bolsa de São Paulo é resultado da fusão da bolsa de valores e da bolsa de Mercadorias e Futuros, que cuidava não de ações, mas sim de opções alternativas de venda. O porquê dela existir?

“A bolsa de valores existe para ser o local de negociação de títulos, sejam eles ações ou derivativos. É a responsável por manter a transparência, liquidez e organização dessas negociações. A bolsa tem o dever de passar aos investidores informações sobre as negociações diárias, tais como as cotações das ações e quaisquer outras informações relevantes que contribuam para o bom funcionamento dos negócios”, afirma Junior.

O que atrai tantos investidores em busca das ações disponíveis é a possibilidade de rendimento substancial. Com cadernetas de poupança acumulando taxas de quase 0,5% de valorização ao mês, poucos suportam a idéia de investir em um projeto que, apesar de sólido, não tem vantagens tão atraentes para o médio e longo prazo.

No entanto, conforme lembra o economista, não basta ter dinheiro – ou telefone celular para berrar – para ingressar no meio investidor. Primeiro porque o pregão da gritaria inexiste. E, claro, por existirem regras.

“Para começar a negociar na bolsa, o investidor precisa procurar uma corretora credenciada. Somente através das corretoras o investidor tem acesso ao sistema de negociação. A maior parte dos bancos oferece este serviço e cobram uma taxa de negociação. Uma vez aberta uma “conta” com a corretora, o investidor passa a utilizar um sistema eletrônico, no qual envia as suas ofertas de compra e venda para um “pregão eletrônico” onde os negócios são fechados. Os negócios podem ser realizados também diretamente via corretora. O investidor liga para o seu corretor e determina a sua oferta. As plataformas eletrônicas são de utilização bastante simples e direta, por isso têm se tornado muito popular.”, diz.

E você? Já pensou em comprar ações?

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