Economia & Negócios

Publicado: Segunda-feira, 11 de julho de 2016

Número de recuperações judiciais bate recorde histórico

As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos.

No primeiro semestre de 2016, foram requeridos 923 pedidos de recuperações judiciais, 87,6% a mais do que o registrado no mesmo período em 2015, revela o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações, que considera os números sem repetição de CNPJ. O resultado é o maior para o acumulado do semestre desde 2006, após a entrada em vigor da Nova Lei de Falências (junho/2005). De janeiro a junho de 2015, foram 492 ocorrências contra 414 em 2014.

As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial nos primeiros seis meses de 2016, com 535 pedidos, seguidas pelas médias (246) e pelas grandes empresas (142).

Na análise mensal, o Indicador verificou aumento de 60% de requerimentos de recuperação judicial em junho em relação a junho de 2015. (105 contra 168).

De acordo com os economistas da Serasa Experian, o recorde histórico atingido pelos pedidos de recuperação judicial neste primeiro semestre de 2016 revela a gravidade da atual crise econômica. A combinação dos juros altos com a prolongada recessão impõe sérias dificuldades financeiras para as empresas, levando-as a se utilizarem do mecanismo da recuperação judicial como forma de se preservar da insolvência.

Falências

No primeiro semestre foram realizados 869 pedidos de falência em todo o país, um aumento de 8,9% em relação aos 798 requerimentos efetuados no mesmo período em 2015. Na comparação com janeiro a junho de 2014, o número de pedidos de falência subiu 9,7%. Dos 869 requerimentos de falência efetuados no primeiro semestre de 2016, 451 foram de micro e pequenas empresas, 211 de médias e 207 de grandes.

Na análise mês a mês, o Indicador verificou alta 22,6% de requerimentos de falências em relação ao mesmo mês do ano passado, de 159 em junho de 2015 para 195 em junho de 2016.

Na verificação mensal de junho, as MPEs também ficaram na frente com 110 requerimentos, seguidas pelas grandes empresas, com 48, e as médias com 37.

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