Confiança do consumidor brasileiro sobe quatro pontos em julho
Informação foi divulgada pela Associação Comercial de SP.
André RoedelO Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) informa que a confiança do consumidor brasileiro subiu quatro pontos em julho, marcando 144 pontos ante 140 em junho. O INC varia entre 0 e 200 pontos, sendo que 200 representa o otimismo máximo.
Para a ACSP, o aumento captou o efeito pós Copa do Mundo, com a volta da economia e das vendas à normalidade - e a queda de preços de produtos inflacionados na época da Copa. A entidade alerta que a subida é pontual e não configura tendência de alta - para isso, são necessários cerca de três meses.
“O aumento é circunstancial e se soma à melhora de outras variáveis, como o IPCA de julho, que surpreendeu e foi praticamente zero, apontando para estabilidade. Porém, é preciso aguardar os próximos meses para avaliar melhor o cenário”, afirma Rogério Amato, que é presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de SP (Facesp), além de presidente-interino da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB).
A pesquisa, encomendada pela ACSP ao Instituto Ipsos, foi feita entre 20 e 31 de julho em todas as regiões brasileiras.
Confiança do Nordeste ultrapassa Sudeste pela 1ª vez
Pela primeira vez desde que o INC começou a ser feito – em 2005 – o consumidor do Nordeste está mais otimista do que o do Sudeste. Com boas safras agrícolas decorrentes das chuvas, a confiança no Nordeste marcou 135 pontos em julho ante 127 em junho. Já no Sudeste, com a persistência da estiagem, o INC foi de 134 pontos em julho - mesmo assim, quatro pontos a mais do que em junho. No Sul, o índice foi de 168 pontos ante 173 em junho. E na região Norte/Centro Oeste, o otimismo continua o mais alto, puxado pelo agronegócio (189 pontos ante 188 em junho).
Classe AB está mais otimista
Refletindo o dado positivo do IPCA de julho e a volta dos preços à normalidade depois da Copa, a confiança dos consumidores da classe AB subiu 5 pontos: foi de 130 pontos em julho ante 125 em junho. Eles voltaram a gastar com passagens aéreas e hotéis, que antes estavam mais caros por causa da Copa. Na classe DE, o INC foi de 130 pontos, três a menos do que em junho, possivelmente um reflexo dos preços ainda altos de alimentos - mesmo com tendência de estabilização, eles continuam em patamar alto. A classe C permanece a mais otimista e registrou 149 pontos ante 145 em junho.
Boa impressão sobre emprego
Outro dado que chama a atenção no INC é a queda do número médio de pessoas conhecidas dos entrevistados que perderam o emprego: foi de 3,8 pessoas em julho ante 4,3 em junho. A possível razão é que, passada a Copa, as contratações voltaram à normalidade. Outra boa notícia é que em julho 35% dos entrevistados disseram estar seguros no emprego. Em junho, eram 31%.
Salto nas regiões metropolitanas
Nas Regiões Metropolitanas pesquisadas houve um salto de confiança. O INC foi de 146 em julho contra 135 em junho. Após a Copa, o turismo de negócios nas RMs – principalmente São Paulo – voltou a movimentar serviços, hotéis e eventos.