Economia & Negócios

Publicado: Terça-feira, 12 de agosto de 2014

Confiança do consumidor brasileiro sobe quatro pontos em julho

Informação foi divulgada pela Associação Comercial de SP.

Confiança do consumidor brasileiro sobe quatro pontos em julho
O aumento captou o efeito pós Copa do Mundo, com a volta da economia e das vendas à normalidade

O Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) informa que a confiança do consumidor brasileiro subiu quatro pontos em julho, marcando 144 pontos ante 140 em junho. O INC varia entre 0 e 200 pontos, sendo que 200 representa o otimismo máximo.

Para a ACSP, o aumento captou o efeito pós Copa do Mundo, com a volta da economia e das vendas à normalidade - e a queda de preços de produtos inflacionados na época da Copa. A entidade alerta que a subida é pontual e não configura tendência de alta - para isso, são necessários cerca de três meses.

“O aumento é circunstancial e se soma à melhora de outras variáveis, como o IPCA de julho, que surpreendeu e foi praticamente zero, apontando para estabilidade. Porém, é preciso aguardar os próximos meses para avaliar melhor o cenário”, afirma Rogério Amato, que é presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de SP (Facesp), além de presidente-interino da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB).

A pesquisa, encomendada pela ACSP ao Instituto Ipsos, foi feita entre 20 e 31 de julho em todas as regiões brasileiras.

Confiança do Nordeste ultrapassa Sudeste pela 1ª vez

Pela primeira vez desde que o INC começou a ser feito – em 2005 – o consumidor do Nordeste está mais otimista do que o do Sudeste. Com boas safras agrícolas decorrentes das chuvas, a confiança no Nordeste marcou 135 pontos em julho ante 127 em junho. Já no Sudeste, com a persistência da estiagem, o INC foi de 134 pontos em julho - mesmo assim, quatro pontos a mais do que em junho. No Sul, o índice foi de 168 pontos ante 173 em junho. E na região Norte/Centro Oeste, o otimismo continua o mais alto, puxado pelo agronegócio (189 pontos ante 188 em junho).

Classe AB está mais otimista

Refletindo o dado positivo do IPCA de julho e a volta dos preços à normalidade depois da Copa, a confiança dos consumidores da classe AB subiu 5 pontos: foi de 130 pontos em julho ante 125 em junho. Eles voltaram a gastar com passagens aéreas e hotéis, que antes estavam mais caros por causa da Copa. Na classe DE, o INC foi de 130 pontos, três a menos do que em junho, possivelmente um reflexo dos preços ainda altos de alimentos - mesmo com tendência de estabilização, eles continuam em patamar alto. A classe C permanece a mais otimista e registrou 149 pontos ante 145 em junho.

Boa impressão sobre emprego

Outro dado que chama a atenção no INC é a queda do número médio de pessoas conhecidas dos entrevistados que perderam o emprego: foi de 3,8 pessoas em julho ante 4,3 em junho. A possível razão é que, passada a Copa, as contratações voltaram à normalidade. Outra boa notícia é que em julho 35% dos entrevistados disseram estar seguros no emprego. Em junho, eram 31%.

Salto nas regiões metropolitanas

Nas Regiões Metropolitanas pesquisadas houve um salto de confiança. O INC foi de 146 em julho contra 135 em junho. Após a Copa, o turismo de negócios nas RMs – principalmente São Paulo – voltou a movimentar serviços, hotéis e eventos. 

Comentários