Educação

Publicado: Sexta-feira, 12 de abril de 2019

Projeto do Colégio Monteiro Lobato estimula retirada de chupetas

Ação reforça protagonismo das crianças nessa importante fase

Crédito: Divulgação / Colégio Integrado Monteiro Lobato Projeto do Colégio Monteiro Lobato estimula retirada de chupetas
Acompanhadas dos amigos e da professora Thais, crianças penduram as chupetas em uma árvore no pátio do colégio

Muitas crianças optam por largar a chupeta naturalmente, enquanto outras nem se interessam por elas. Por outro lado, algumas são muito apegadas às “pepês”. Nessas situações, as famílias costumam ficar cheias de dúvidas sobre a melhor maneira de conduzir a retirada das chupetas, com receio de traumatizar os pequenos. Afinal, como saber o momento ideal de dizer adeus às companheiras de tantos momentos?

Entre os especialistas, o consenso é o de que esse momento não pode ser forçado. Se a criança costuma ficar com a chupeta na maior parte do dia, é importante reduzir o uso aos poucos, evitando estresse. A transição deve ser acompanhada por um olhar atento e amoroso, justamente para que os pequenos se sintam tranquilos e acolhidos.

No Colégio Integrado Monteiro Lobato, em Itu (SP), essa fase de dúvidas e inseguranças, inclusive por parte dos pais, inspirou a criação de um projeto especial na Educação Infantil: a “Árvore das Chupetas”. Comandada pela professora Thais Favaretto, o projeto desenvolve o protagonismo das próprias crianças, que penduram as chupetas em uma árvore plantada em um vaso, no pátio do colégio.

Com quase uma década, o projeto já sofreu muitas transformações ao longo dos anos. Hoje, as crianças recebem até certificado após “pendurarem as chupetas”. “O ideal é que a retirada aconteça até os dois anos, mas todas as turmas podem participar do projeto”, observa Thais.

Apoio da família

A educadora explica que o processo de convencimento ocorre aos poucos, com muita conversa. “Digo que eles estão crescendo e não precisam mais da chupeta no colégio. Depois, converso com os pais e apresento que as crianças não necessitam mais dela durante o dia”, ressalta.

Thais conta que cada criança tem uma necessidade particular durante essa fase. Por isso, umas das táticas é distraí-las com um brinquedo ou brincadeira, sempre que pedirem o objeto. “O importante é não deixar a chupeta à vista, além de dar muito carinho”, destaca. “Por último, retiramos durante a noite. Aí construo uma caminha para a chupeta, onde a criança a coloca para dormir. A partir do momento em que os pequenos se sentem seguros, a penduramos na ‘Árvore das Chupetas’”.

Nesse processo, o suporte da família é fundamental para que o trabalho no colégio seja realizado sem traumas. “Sem o apoio dos pais, a retirada da chupeta dificilmente acontece. Quando eles abraçam o projeto, atingimos nosso objetivo com sucesso”, ressalta a educadora.

“Efeito dominó”

Ainda de acordo com a professora, é comum ocorrer o “efeito dominó” dentro de sala de aula, o que torna o processo mais tranquilo entre as crianças. “Quando uma delas coloca a chupeta na árvore, acaba despertando o interesse dos amiguinhos. Nesses casos, chamo a família para uma conversa e fazemos alguns combinados, para que a retirada aconteça de forma natural e segura para todos”, explica. “As chupetas permanecem na árvore por muitos anos, e as crianças podem visitá-las quando quiserem”.

O Colégio Integrado Monteiro Lobato fica na Rua Tenente Olavo de Assis, 12, Centro - Itu/SP. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 4024-2984, pelo WhatsApp (11) 99122-0449 e pelo site www.monteirolobato.net.

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