Cinema

Publicado: Quinta-feira, 27 de março de 2014

Quentin Tarantino completa 51 anos; relembre seus grandes filmes

Com roteiros geniais, obras do diretor são sempre aclamadas.

Quentin Tarantino completa 51 anos; relembre seus grandes filmes
A vida de Tarantino se resume ao cinema. "Quando faço um filme, quero que ele seja tudo para mim, como se eu fosse morrer por ele", disse ele

Por André Roedel

No cinema moderno, poucos diretores se destacaram tanto quanto Quentin Tarantino. Com filmes controversos e cheios de sangue e ação, ele ganhou destaque no começo dos anos 1990. Agora, aos 51 anos de idade (completados no dia 27 de março), Tarantino prova que está em sua melhor forma. A prova disso é o sucesso obtido com “Django Livre”, que concorreu ao Oscar de Melhor Filme em 2013 e ganhou na categoria de Melhor Roteiro Adaptado.

Mas o currículo de Tarantino é extenso. Ele, que começou a escrever seus primeiros roteiros de cinema quando era balconista em uma vídeolocadora, tem grandes trabalhos já feitos. O mais aclamado talvez seja “Pulp Fiction”, de 1994. O filme narra três histórias diferentes, que de alguma forma se cruzam. Escrito pelo próprio Tarantino, o roteiro do filme foi considerado revolucionário e se tornou base para as produções do cinema contemporâneo.

Antes de se destacar com “Pulp Fiction”, Tarantino tinha feito sua estreia em Hollywood com “Cães de Aluguel”, que já continha elementos que viriam a se tornar marcas registradas do diretor, como crimes violentos, referências à cultura pop, narrativa não-linear, trilha sonora eclética e constante uso de palavrões em seus diálogos.

Outro filme que se destaca na filmografia de Quentin Tarantino é “Jackie Brown”, adaptação do romance “Rum Punch”, escrito por Elmore Leonard. A obra é um grande tributo ao gênero “blaxploitation”, que surgiu na década de 1970. Os filmes originados desse movimento eram protagonizados e realizados por atores e diretores negros e tinham como publico alvo, principalmente, os afroamericanos.

Após seis anos sem dirigir filme algum, Tarantino voltou com tudo nos dois volumes da “Kill Bill”. Seguindo a tendência “tarantinesca” de homenagear outros elementos culturais, os filmes estrelados por Uma Thurman são verdadeiros tributos aos filmes antigos de artes marciais, como os de Bruce Lee.

Em 2009, Tarantino dirige outro filme memorável: “Bastardos Inglórios”, que é situado na Segunda Guerra Mundial. A produção, que conta com Brad Pitt e Michael Fassbender no elenco, teve oito indicações ao Oscar e consolidou a carreira de Christoph Waltz, que levou o prêmio de Melhor Coadjuvante.

Tarantino também co-dirigiu e roteirizou outros grandes filmes, como “Um Drink No Inferno” (que recentemente ganhou série de TV) e “Grindhouse” – sempre em parceria com Robert Rodriguez, outro expoente de sua geração do cinema hollywoodiano.

“Quando as pessoas me perguntam se eu fui para a faculdade de cinema, eu digo 'não, eu fui ao cinema'. Filmes são a minha religião e Deus é meu patrono. Tenho a sorte de estar em uma posição em que não faço filmes para pagar minha piscina. Quando faço um filme, quero que ele seja tudo para mim, como se eu fosse morrer por ele”, disse Tarantino certa vez. Mestre é mestre.

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