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Publicado: Terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Espetáculo "Vereda da Salvação" tem estreia no Procópio Ferreira

Montagem é da Cia. de Teatro do Conservatório de Tatuí.

Crédito: Kazuo Watanabe / Conservatório de Tatuí Espetáculo "Vereda da Salvação" tem estreia no Procópio Ferreira
Vereda da Salvação é o segundo espetáculo do repertório do grupo

A Cia. de Teatro do Conservatório de Tatuí estreia na próxima sexta-feira, dia 10 de dezembro, o espetáculo “Vereda da Salvação”. O texto de Jorge Andrade, com direção de Carlos Ribeiro, terá única apresentação, a partir das 20h30, no teatro “Procópio Ferreira”, em Tatuí.

“Vereda da Salvação” é o segundo espetáculo do repertório do grupo. O autor, Jorge Andrade, baseou-se em fatos ocorridos na localidade de Catulé, em Minas, no ano de 1956, para contar a história de um grupo de trabalhadores rurais sem-terra, agregados de uma fazenda, que entra em colapso a partir da disputa pelo poder entre o líder comunitário e o líder religioso. O texto é um clássico da dramaturgia brasileira.

A Cia. escolheu “Vereda da Salvação”, de Jorge Andrade, como sua segunda montagem com o objetivo de formar um repertório que tenha, como elemento unificador, o estudo das possibilidades dramáticas da paisagem humana e social do interior de São Paulo, onde a Cia. está sediada.

Os ingressos custam R$ 10 (R$ 5 para idosos, estudantes e aposentados). A retirada deve ser feita de terça de terça a sexta (das 15h às 19h) e nos dias de eventos (até as 21h30). O Teatro Procópio Ferreira está localizado na rua São Bento, 415, em Tatuí. Mais informações pelos telefones (15) 3205-8444 e 9613-1922.

O diálogo das peças

De acordo com os coordenadores, “Vereda da Salvação” e “Rosa de Cabriúna”, de Luís Alberto de Abreu, adaptada do romance “Alice” (de José Antonio da Silva), são montagens distintas que falam em linguagens muito próximas.

“As duas peças dialogam em diversos níveis, não só pelo fato de seus protagonistas serem interioranos. O dramaturgo Jorge Andrade nasceu em Barretos, filho de ricos fazendeiros. José Antonio da Silva, um dos mais importantes nomes da pintura ‘naif’ brasileira, nasceu em Salles de Oliveira, cidade próxima a Barretos, filho de pobres agricultores”, explica o diretor Carlos Ribeiro.

Em ambas as peças, a figura do demônio é importante no desenvolvimento da trama: na comédia “Rosa” ele aparece em pessoa, protegendo as ações do bandido Fidélis, pivô da derrocada da família e, depois, traindo-o. Em “Vereda”, ele é uma ameaça invisível, que pode habitar os corpos e que gera a paranoia assassina no grupo de agricultores.

Estreia e premiações

A estreia ocorre após importantes premiações da Cia. de Teatro. Primeiro, no Festival de Teatro do Rio de Janeiro, em setembro. E, depois, no 38º Fenata, realizado no último mês de novembro em Ponta Grossa (Paraná). Ambos os festivais tiveram caráter profissional e nacional. No 38º Festival Nacional de Teatro, o grupo do Conservatório de Tatuí recebeu cinco indicações e uma premiação.

Com o espetáculo “Rosa de Cabriúna”, o grupo foi indicado ao prêmio de melhor sonoplastia, assinada por Carlos Ribeiro; melhor atriz – Dalila Ribeiro; melhor ator – Marcos Caresia; e melhor espetáculo pelo júri popular. A premiação foi a Carlos Doles, como melhor ator coadjuvante do festival. Doles também havia recebido o mesmo prêmio no festival carioca.

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