Cotidiano

Publicado: Quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Déficit Habitacional no Brasil

Déficit Habitacional no Brasil
Aproximadamente 6.797 milhões de pessoas vivem em favelas
O déficit habitacional do Brasil, nos últimos anos, acompanhou a tendência dos números dos demais indicadores sociais, diminuindo consideravelmente.
 
Pesquisa divulgada em 2008 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que o déficit habitacional entre os anos de 2006 e 2007 caiu 9,5%. Em termos absolutos isso equivale a uma redução de 754 mil domicílios de déficit. Os cortiços respondem, neste levantamento, a 153,65 mil unidades.
 
Com a queda do último levantamento o país apresenta um saldo negativo de 7,21 milhões de moradias. Somente zerando esse balanço o Brasil resolverá a problemática das favelas e cortiços, eliminando a ocorrência de domicílios habitados por duas ou mais famílias nessas condições.
 
Desconsiderando as famílias que moram juntas por opção, o déficit cai para 6,273 milhões – índice usado pela Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades.
 
Pelos cálculos de um levantamento realizado em fevereiro de 2008, o país precisará de 27,7 milhões de novas moradias até 2020 para zerar o déficit habitacional, considerando que até lá 21,1 milhões de novas famílias se formem no Brasil.
 
Para o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), após análise de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada no fim de 2008, 34,5% dos brasileiros vivem em moradias inadequadas – índice 15% superior ao da primeira pesquisa padronizada divulgada após a Constituição de 1988.
 
O número difere do apresentado pela FGV por considerar moradias inadequadas aquelas não dispõem rede de esgoto ou fossa séptica e apresentem banheiro coletivo; as que não possuem acesso à água tratada; as que se situam em favelas ou em locais que apresentam irregularidades fundiárias; as moradias em que residem mais de três pessoas por dormitório; e, por fim, as residências com tetos e paredes não-duráveis.
 
O número de pessoas em assentos informais é distribuído da seguinte maneira: 408 mil pessoas em cortiços, 270 mil pessoas sem teto, 6.797 milhões de pessoas em favelas e 7.356 milhões de cidadãos em assentos irregulares.
Comentários