Economia & Negócios

Publicado: Quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Web para todos

Wi-fi, lan houses, telecentros: a Internet bate à sua porta!

Crédito: Banco de Imagens Web para todos
A cada quatro meses, um milhão de brasileiros passa a ter um computador em casa
por Deborah Dubner

Segundo o Instituto Datafolha, há hoje 59 milhões de internautas brasileiros. A maioria dos usuários é da classe A e B, mas o número de internautas de classe C vem crescendo – e muito! Homens continuam liderando o ranking. 
 

Grande parte desse crescimento deve-se à proliferação das chamadas Lan Houses, utilizada atualmente por 29% desses internautas, para man­dar e-mails, entrar em comunidades on-line e conversar com amigos.
Em um evento realizado em Itu sobre o tema eleições 2.0, que abordou a mudança na política em função da web 2.0, um dos palestrantes se referiu às Lan Houses como os novos coretos das cidades. Local de encontro, interação, aprendizado, pesquisa, trabalho e principalmente entretenimento, as Lan Houses estão se tornando cada vez mais freqüentes e imprescindíveis na vida do brasileiro.
 
Mas o mar de possibilidades não se restringe apenas às Lan Houses ou Cybercafés (espécies de Lan Houses que integram alimentação). Os Telecentros, espaços públicos criados pelo governo brasileiro, visam à inclusão digital e também refletem o grande aumento de internautas que não possuem (ainda) um celular com Internet ou um laptop.
 
E para quem tem acesso aos “features” sedutores do mundo web, a vida fica ainda mais fácil: a grande rede pode ser acessada em praticamente todos os espaços públicos por quem tem um laptop ou celular com Internet. Aeroportos, restaurantes e hotéis oferecem o serviço de wi-fi assim como outros de primeira necessidade, atendendo o universo corporativo, jovens e até mesmo crianças plugadas.
 
Em Itu, os hotéis, restaurantes e até mesmo salões de beleza já oferecem este serviço para seus clientes. A maioria deles gratuitos, mas em alguns locais é cobrado. Conheça os locais com wi-fi em Itu!

Nos últimos anos, o leque se ampliou de uma forma inimaginável. Ninguém sonharia, há menos de dez anos atrás, que o acesso à grande rede se tornasse tão fácil, rápido e popular.
 
Enquete

Uma em enquete publicada no itu.com.br durante 7 dias recebeu respostas de 197 pessoas. A pergunta era: “Além do Trabalho e em casa, onde mais você utiliza a Internet?”. Pelas respostas, percebe-se que o mercado de uso de Internet em locais públicos como restaurantes, hotéis, Telecentros e Lan Houses tem ainda muito a crescer. 70% utilizam apenas em casa e/ou trabalho; 13% em Lan Houses; 7% em hotéis; 3% em restaurantes e padarias; 3% em outros locais e apenas 1% em Telecentros. Sendo que 4% não utiliza Internet.

Cidades Digitais
 
A importância de uma cidade estar conectada é que ela passa a fazer parte do mapa do mundo digital. Há ainda poucas ações significativas nesse sentido, seja por iniciativa privada ou pública.  
 
Um bom exemplo de uma ação forte na área de gestão pública foi o que ocorreu em Sud Mennucci, interior de São Paulo. A cidade, que tem apenas 7 mil habitantes, tornou-se uma das mais comentadas em relação à Internet grátis, porque seus dirigentes decidiram colocar wi-fi aberto na cidade. Esse simples gesto deu à cidade, além de notoriedade, verbas e empreendimentos locais.
 
Falando em iniciativa privada, um case de sucesso é o portal itu.com.br, atualmente com 180.000 visitantes mensais, que foi lançado em 2000, quase dois anos antes da banda larga chegar na cidade. Alan Dubner, idealizador do portal e do projeto Municípios Digitais afirma: “Quem mora aqui não tem a percepção da enorme importância que teve o movimento digital em Itu. É difícil para os moradores perceberem como estamos avançados em relação ao resto do Brasil.” Dubner apresentou o case de Itu e falou sobre Municípios Digitais em uma palestra realizada no principal Fórum de Gestão Pública, CONIP, em junho deste ano.

Futuro

Hoje em dia não se fala mais em Inclusão Digital, mas sim em Emancipação Digital. A questão é que não basta apenas a conexão. É preciso que o uso da tecnologia reflita de alguma forma o desenvolvimento pessoal e profissional de seus usuários.

Estar plugado atualmente significa muito mais do que ter acesso à rede. Na prática, isso se reflete na possibilidade de deixar de ser um analfabeto digital. As pessoas passam a participar do contexto do mercado digital e essa estrada virtual leva à liberdade de tudo o que isso pode representar: idéias, relacionamentos, negócios, aprendizagem, pesquisa, entretenimento, conhecimento e muito mais.
 
Há dez anos, seria impossível prever como estaria o mundo hoje em termos de conexões. A TV Digital apenas começou. Os serviços de telefonia integrados à Internet estão ainda engatinhando. O cenár
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