A Itu que queremos

Crédito: Arquivo Pessoal

Quando recebi o convite para escrever este texto, consultei automaticamente minhas filhas. Sempre penso que quero uma Itu que as faça voltar após completar a vida acadêmica. Minha primeira pomba vai-se despertada e meu coração se aflige. O desafio é grande.

Minha segunda filha afirmou: Mãe, o futuro de Itu implica na sensibilização do jovem de minha idade (17 anos), dos adolescentes e das crianças de nossa cidade para sua história de forma moderna, tecnológica, lúdica. O futuro - continua ela - depende do que fizerem hoje para que conheçamos e amemos nossa cidade para que aqui permaneçamos amanhã. De haver alguma maneira de unir o novo com o antigo, de conquistar o interesse dos jovens. E de forma prática, pois teoria, temos no Colégio.

Bingo! A educação patrimonial infantil e adolescente sempre foi minha bandeira para sensibilização dos jovens. Ela é essencial para nosso futuro como destino turístico. O cidadão, da mais tenra idade até a sábia velhice, precisa conhecer sua cidade para amá-la e então, com orgulho, divulgá-la a cada turista que por aqui passa. Cada um que aqui mora, nascido ou chegado a esta terra mãe acolhedora e generosa, precisa arregaçar as mangas e plantar o futuro de Itu em seus corações e concretamente prestigiar o que temos, o que somos, participar de nossos eventos, colaborar com ações práticas positivas, conhecer nosso riquíssimo patrimônio histórico, cultural, imaterial, visitando-o, dando ideias; se interessando pelas inúmeras ações públicas e privadas que acontecem em seu dia a dia, ler os jornais, internet que os divulgam, visitar nossos restaurantes, bares, pousadas, campings, hotéis, parques, praças, igrejas, museus, monumentos.

O futuro de nossa cidade depende de nossas ações práticas hoje, agora, neste segundo. Caro leitor, levante, saia da cadeira, abra a janela, ande por nossas ruas, encare com novos olhos aquilo que se descortina a sua frente; leve seus filhos, pais, irmãos, avós, amigos para passear por nossa cidade. Plante uma árvore em seu quintal, em sua calçada, para semear o verde de nosso amanhã. Dê e semeie ideias, realize ações, não espere que o terceiro ou o Poder Público faça aquilo que você pode realizar!

Resumindo, a Itu que quero é aquela em que cada ituano se dê como meta tornar nossa cidade atraente para as novas gerações!

Maria Sofia Vidigal Pacheco e Silva é advogada e presidente da Associação Pró-Desenvolvimento do Turismo Regional (Prótur).