Publicado: Quarta-feira, 26 de março de 2008
Poluição do rio Tietê pode causar riscos à saúde
Engenheiro do INEVAT alertou sobre isso em palestra.
Camila BertolazziO Engenheiro do Instituto de Estudos Vale do Tietê (INEVAT), Ismar Ferrari, fez um alerta a respeito do risco à saúde pública decorrente das condições de poluição do rio Tietê, em razão da presença de micro-organismos patogênicos, gás sulfídrico e metais pesados. O assunto foi debatido durante uma palestra realizada dia 25 de março, no Auditório do Centro Administrativo de Itu, em comemoração a Semana das Águas.
Ferrari também mostrou que em Pirapora a população de crianças e idosos é a mais atingida com os problemas de caráter alérgico, principalmente no trato respiratório (pneumonia e gripes) e doenças dermatológicas (lesões na pele).
Outro problema informado foi sobre o aumento das enchentes, em razão da instalação de um ralo no fundo do reservatório da EMAE em Pirapora, lembrando que a cidade de Itu é ribeirinha do Tietê, e alguns bairros como o Paraíso estão sujeitos à inundação pelo rio durante a época das chuvas. São nestas ocasiões que o rio descarrega águas anaeróbicas (sem oxigênio) e causa mortandade de peixes como a que aconteceu em Itu, ano passado, quando toneladas de peixes tentaram fugir do Tietê buscando águas mais pura no afluente Itaim.
Ferrari deixou claro que cabe a população em geral e, particularmente aos políticos da região, cobrar do governo da EMAE o fechamento do ralo do reservatório em Pirapora. “De nada servirão as obras de custo elevado das estações de tratamento de esgotos na região metropolitana de São Paulo, se não for resolvido o problema da poluição do rio com resíduos químicos e micro-organismos patogênicos, uma vez que as águas do Tietê não passam pelo tratamento da SABESP”, concluiu o engenheiro.
Comentários