Sustentabilidade

Publicado: Quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Material radioativo do Botuxim começa a ser retirado em novembro

Torta II será removido graças a acordo com empresa.

Crédito: DECOM/Prefeitura de Itu Material radioativo do Botuxim começa a ser retirado em novembro
Autoridade municipais e representantes da INB visitam área do Botuxim onde está depositado o material radioativo

A retirada do material radioativo (conhecido como Torta II) depositado em um sítio do bairro rural do Botuxim entre os anos de 1975 e 1981 tem início previsto para o final de novembro deste ano. Isso será possível graças a um acordo assinado entre a INB (Indústrias Nucleares do Brasil) e a empresa Global Green Energy Science Technology, que prevê a exportação de quase 16 mil toneladas do resíduo.

Uma visita à área do depósito aconteceu na manhã desta terça-feira, dia 22 de outubro, e contou com a presença do prefeito de Itu, Antonio Tuíze, do gerente do Projeto Botuxim da INB, Valter José Gomes Mortágua, de técnicos da INB Osmar Pinto (radioproteção) e Daniela Mello (química), além de outras autoridades e secretários municipais.

De acordo com Mortágua, após dois anos da retirada do material radioativo, a área poderá estar liberada para qualquer atividade humana. A operação seguirá todas as normas de segurança e foi devidamente autorizada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e o processo todo deve levar aproximadamente 12 meses.

Em Itu, 3,5 mil toneladas de Torta II estão armazenados em silos de concreto Além do armazenamento em Itu, há material semelhante em maior quantidade no município de Caldas (MG), onde funcionou a primeira unidade de mineração e beneficiamento no Brasil e ainda um pequeno depósito na capital paulista. Nas três localidades, a retirada da Torta II é uma antiga reivindicação popular.

Torta II, popularmente chamado pelos ituanos de "Lixo Atômico", é o material resultante de processos industriais realizados desde a década de 1940, pela antiga usina de Santo Amaro (SP), na exploração das areias monazíticas para a produção de compostos de terras-raras. Trata-se de material que contém pequena quantidade de urânio (em média 0,9%), tório (22%), entre outros componentes. 

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