Cotidiano

Publicado: Quinta-feira, 10 de maio de 2012

Um amor incondicional: a experiência de ser mãe pela primeira vez

Medo, ansiedade, curiosidade e muita alegria!

Crédito: Arquivo pessoal Um amor incondicional: a experiência de ser mãe pela primeira vez
"Os filhos fazem a gente ter mais vontade de lutar para uma vida melhor e dão um sentido a ela", afirma Michelle Alves

Por Camila Bertolazzi

“O coração parece bater num ritmo diferente, os pensamentos rumam para um sentido até então desconhecido. Preocupações inéditas, planos inimagináveis, sentimentos nobres e fidedignos invadem a alma da mulher que se descobre mãe. E ser mãe é dadivoso, é imperial, é quase mágico”, Alice Vianna.

Em homenagem ao Dia das Mães, o Itu.com.br entrevistou três mamães de primeira viagem, que compartilham, nesse texto, suas experiências cercadas de insegurança e muita ansiedade.

Carmela Chiara Ianni Lorenzon Lui está grávida há três meses, mas confessa que só agora – que os enjôos passaram – ela está curtindo esse momento único. Mesmo sendo uma gravidez planejada, a empresária conta que quando recebeu a confirmação do exame foi um misto de alegria e medo. “Demorou alguns dias pra cair a ‘ficha’, mas estamos super felizes e ansiosos para a chegada dessa nova vida”.

Ainda no começo da gestação, Carmela não sabe o sexo do bebê, mas confessa que, por várias vezes, se pega pensando em como ele será. “Primeiro se vai ser menino ou menina, se vai ser tranquilo(a) como o pai ou elétrico(a) como a mãe, por exemplo. Mas, acho que independente de tudo, o que tenho que pensar e desejar é que venha com saúde. Acredito que vou ser uma mãezona mesmo”, conta.

A universitária Pamela Fernanda Saggion Thomaz também espera ansiosa pela chegada de Olívia, que deve nascer no mês das mães. “Receber a notícia que eu estava grávida foi a melhor sensação do mundo; o dia em que mais agradeci a Deus em toda a minha vida. Antes de realizar o teste, meu coração de mulher e mãe já sabia o resultado. Ao abri-lo, só tive a confirmação de que meu sonho havia se realizado. Me senti completa e plena, foi algo simplesmente surreal”, revela emocionada. Antes da Olívia, ela abortou duas vezes naturalmente.

Durante nove meses de longa espera, Pamela e o marido Paulo tiveram muito a fazer. O casal pintou e decorou o quarto da bebê a quatro mãos, organizou um intimo chá de bebê, cuja lembrancinha foi uma foto do último ultra-som feito na futura mamãe, além das incontáveis roupinhas e sapatinhos comprados e ganhados. “Agora só falta o mais importante: a nossa bonequinha”.

No filme “O que esperar quando você está esperando”, a atriz Cameron Diaz, uma mulher de 42 anos que comanda um programa de TV sobre perda de peso, enfrenta os desafios da primeira gravidez. A comédia romântica é baseada no bestseller da escritora Heidi Murkoff, que serve como guia para mulheres durante os estágios da gravidez. Confira o trailer!

Michelle Alves passou por tudo isso... A ansiedade era tanta para saber o sexo da pequena Vitória, que a jornalista chegou a fazer a simpatia do garfo e da colher. “Deu tudo errado!”, ri. A ideia é que alguém esconda um garfo e uma colher embaixo de duas almofadas e em seguida a futura mamãe deve escolher uma delas para sentar. Se a escolhida for a almofada com a colher, o bebê será uma menina, caso contrário, um menino.

Mas é depois que os filhos nascem que a vida se transforma e vira de cabeça para baixo. “Os filhos fazem a gente ter mais vontade de lutar para uma vida melhor e dão um sentido a ela; isso porque a gente sabe que tem alguém que depende da gente e se esforça para dar o melhor possível”, revela Michelle. E completa: “Quem não tem filho, ainda não conhece o amor na sua forma mais pura, mais desinteressada, mais linda. Ser mãe faz cócegas a minha vaidade”.

“Desde o primeiro instante da gravidez, tudo na nossa vida mudou para melhor. Eu e meu marido somos uma família mais unida e feliz, agora que nosso amor finalmente se materializou. Nos sentimos mais completos, pois agora temos uma motivação muito maior para acordar de manhã e batalhar a cada dia. Com o nascimento, acredito que essa sensação de realização e felicidade só aumentará cada vez mais”, revela Pamela.

Segundo a pediatra Maria Aparecida Safi, durante a gravidez, além das mudanças físicas, ocorrem também manifestações emocionais geradas pelos momentos de felicidades. Além de se emocionarem com mais facilidade, é possível notar o brilho dos olhos e o sorriso encantador. “As mulheres que engravidam pela segunda ou terceira vez também passam por isso; o que muda é o fator experiência”.

Alguns problemas emocionais também acompanham a chegada do primeiro filho. “Às vezes ela está feliz, tranquila e segura, e em seguida pode ficar meio depressiva, insegura e chorar, porque a vida mudou para sempre!”, afirma Cidinha, como é conhecida. Essas mudanças também se devem as preocupações com os cuidados básicos exigidos a um bebê. “Por isso é muito importante que as grávidas façam o pré-natal com um ginecologista com quem tenham afinidade para tirar as dúvidas que virão, e para fazer os exames necessários para uma gravidez saudável”, justifica.

Assim que o bebê nasce ele recebe os cuidados do pediatra na sala do parto e as mamães são orientadas sobre a amamentação e os primeiros dias de vida do bebê. Segundo a dra. Safi, essas orientações continuam no transcorrer do crescimento da criança, porque a cada mês novas transformações neurológicas, emocionais e de crescimento devem ser orientadas pelo pediatra. “A gravidez é uma benção divina e maravilhosa, e todas nós mulheres que desfrutamos dela devemos agradecer muito esse presente que nos foi dado”, conclui. 

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