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Publicado: Quinta-feira, 21 de julho de 2016

Tocha Olímpica Rio 2016 é recepcionada com empolgação em Itu

Símbolo percorreu ruas e avenidas na manhã desta quinta, dia 21.

Crédito: Jéssica Ferrari/Itu.com.br Tocha Olímpica Rio 2016 é recepcionada com empolgação em Itu
Passagem da tocha em frente à Igreja Matriz

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Itu participou do revezamento da Tocha Olímpica, símbolo dos Jogos Rio 2016, na manhã de 21 de julho. Com empolgação, milhares de pessoas foram às ruas para recepcionar o grande comboio e os 29 condutores que percorreram cerca de 6 quilômetros, em pouco mais de 1 hora. O evento na cidade teve beijo entre casal, dancinha e muita alegria.

O trajeto teve início na Avenida Dr. Octaviano Pereira Mendes (Marginal), onde muitos aproveitaram para tirar fotos com o primeiro condutor e com um personagem vestido de tocha. No local, crianças e adultos também ganharam mini PETS de Coca-Cola, balões, fantoches do mascote da marca e outros brindes. Depois a tocha seguiu pelas principais ruas do Centro.

Entre os condutores, o advogado Craig Allison aguardava ansiosamente pelo momento de carregar a Tocha. Nascido na Inglaterra, Craig mora no Rio de Janeiro há seis anos com sua esposa, Hettie Allison, e o casal foi escolhido por fazerem um trabalho voluntário em uma instituição de caridade chamada “Luta pela paz”. O momento, além de histórico, marcou também o aniversário de 37 anos do advogado, que passou a chama olímpica para sua esposa, por meio do chamado “beijo da tocha” além, é claro, do beijo do casal. “Nós trouxemos toda a família para acompanhar a Tocha Olímpica aqui em Itu, meu bebê de 9 meses e meu garoto de 2 anos. Estou muito nervosa. Se eu tivesse que dar uma nota de um a dez para meu nervosismo, eu diria 20, mas também estou muito feliz”, disse Hettie.

Para Bruna Hernandes Sulga, que trabalha como coordenadora de promoção e propaganda na Sorocaba Refrescos, fabricante do sistema Coca-Cola na região, o momento foi muito gratificante. Além de apaixonada por esportes, Bruna também foi indicada pelo seu trabalho voluntário na ONG Asa Morena, que atua em Sorocaba, Itu e região desde 2008, promovendo campanhas para cadastramento de doadores de medula óssea. “Acho que ainda não me dei conta da emoção que vivi nesse momento. Foram tantas pessoas querendo tirar fotos comigo, sem saber qual história estava por trás daquele símbolo, que o que senti de verdade é que elas sabiam que eu era merecedora daquilo e, independente do motivo, para elas o momento já era especial. Isso mostrou muito forte pra mim que a chama Olímpica é realmente algo inclusivo”, comentou Bruna.

Já o escritor e roteirista Antônio Prata não participou do Revezamento da Tocha Olímpica apenas como condutor, mas também como um observador. Isso porque ele queria analisar a reação das pessoas nas ruas durante o momento em que ele estava carregando o símbolo, para posteriormente escrever um artigo contando a sua experiência.

Segundo o praticante da modalidade olímpica vela, Arthur Kós, que observou com bastante atenção as orientações do “Guardião da Tocha” (como é chamado o responsável por orientar os condutores e tomar conta da chama símbolo dos Jogos), o tão aguardado momento veio coroar sua relação com os esportes. “É muito emocionante, uma experiência muito legal”, disse o esportista, que em 1996 fez um trabalho pioneiro na cobertura pela internet do iatismo nas Olimpíadas de Atlanta, convivendo com os atletas durante a competição.

Desde criança Marçal Santos Senna, natural de Hortolândia, acompanha todo tipo de modalidade esportiva, mas nunca poderia imaginar que um dia iria conduzir a Tocha Olímpica no seu país. “Sempre me dediquei a todo tipo de esporte, organizava competições na faculdade e quando soube que o Brasil ia sediar os Jogos Olímpicos fiquei muito feliz. E agora recebi a chama do escritor Antônio Prata, isso é uma honra e uma alegria para mim”, destacou Senna.

Na passagem pela Praça da Matriz, a chama olímpica foi ainda saudada pela fanfarra da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Itu, que se concentrou na escadaria da Igreja Nossa Senhora Candelária e atraiu uma multidão. O comboio foi acompanhado de perto por crianças e adultos, que se agruparam atrás da faixa de proteção para ver o símbolo dos Jogos cruzar a principal praça da cidade.

Em seu destino final, o Estádio Novelli Júnior, a comitiva foi recepcionada por alguns jovens jogadores do Ituano Futebol Clube e por um grande público que assistiu a cerimônia nas arquibancadas. Centenas de alunos da Rede Municipal de Ensino de Itu também estiveram presentes, e realizaram uma apresentação especial no centro do gramado para celebrar a visita da tocha.

Em seguida, o símbolo dos Jogos Olímpicos deixou a cidade de Itu e seguiu para Jundiaí. O revezamento terminará no dia 5 de agosto, quando a chama chega à cerimônia de abertura oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Personal trainer ituana

A personal trainer Carolina Scopel fez parte de um seleto grupo de pessoas que vivenciou a experiência de carregar a Tocha Olímpica dos Jogos Rio 2016, pelas ruas de Itu. Por um percurso de 200 metros, pela Rua Floriano Peixoto, a professora de Educação Física foi a única representante no mundo a segurar este símbolo olímpico nas mãos. E este ato teve uma importância grande na vida da profissional.

“Essa foi a realização de um sonho. Como profissional envolvida no Esporte, me senti honrada por ter sido uma das escolhidas a conduzir a tocha. Agradeço à minha família, meus alunos e alunos do Sthudio que leva o meu nome, que estiveram ao meu lado neste dia, um dos mais felizes de toda a minha vida”, diz a professora ituana.

A tocha

A Chama Olímpica é um importante símbolo dos Jogos. Representa a paz, a união e a amizade. A tocha, por sua vez, é usada para passar a chama de um condutor para o outro durante o revezamento até o acendimento da pira na cerimônia de abertura.

Entre os principais atributos de inovação da Tocha Rio 2016, estão os segmentos que se abrem, revelando elementos da brasilidade: diversidade harmônica, energia contagiante e natureza exuberante.

Ao longo de 95 dias, 12 mil pessoas participam do revezamento. Elas têm a missão de conduzir a chama Olímpica pelo Brasil, envolvendo todo país no clima dos Jogos. Na rota, estão mais de 300 cidades e os 27 estados do país. Um total de 20 mil quilômetros em terra e 10 mil milhas aéreas em trechos das regiões Norte e Centro-Oeste, entre Teresina e Campo Grande – sem que o fogo se apague.

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