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Publicado: Quarta-feira, 28 de julho de 2010

Diogo Mainardi e o futebol: Corintiano e Nerazzurri

Colunista se situou entre a política e a Copa por um mês.

Crédito: EFE Diogo Mainardi e o futebol: Corintiano e Nerazzurri
Torcida da Inter comemorando a conquista da Champions League após décadas sem um título continental

Por Leandro Sarubo

A Jovem Pan buscou em um canal que não transmite esportes sua resposta para o frisson da Copa em HD.

A emissora, tradicionalíssima nos esportes, fugiu dos velhos comentaristas de 4-4-2 e dos vozeirões do nó tático para trazer Diogo Mainardi à mesa redonda da rádio.

Antes que o leitor questione o que um contumaz crítico de política, economia e cultura faria para se meter nos esportes, forneço uma informação primordial, até um pouco surpreendente: Diogo adora futebol. E mais: seu time do coração foi o Corinthians.

“Fui corintiano. Ia de vez em quando ao estádio. Gostava do Corinthians antes do Corinthians ganhar o primeiro campeonato, em 1977, depois de 400 anos que a gente tinha ficado na fila. Depois perdeu totalmente a graça. Eu só gostava de perder no futebol”, afirmou Mainardi, que comentou a final da Copa.

Mesmo em suas colunas e nos comentários do Manhattan Connection era possível deduzir que havia uma simpatia de Mainardi pelo esporte. Em 1999, no começo de seu espaço na revista após anos resenhando e escrevendo perfis, ele deu pistas sobre sua preferência pelo time de maior torcida de São Paulo em uma coluna que comentou a Libertadores daquele ano, cujo fim só foi feliz para os palmeirenses.

Sete anos depois, mais provas, ainda mais contundentes. Lucas Mendes, Caio Blinder, Ricardo Amorim presenciaram um palpite improvável numa mesa que se preparava para discutir a eleição presidencial brasileira: Itália campeã da Copa 2006, com justificativa e tudo o mais. Resposta correta do “Oráculo de Ipanema”, que em 2010 apostou na Inglaterra. “O juiz roubou”, comenta, rindo.

Na Itália Diogo tem simpatia pelas cores da Internazionale de Milão. “Sou interista. Cheguei lá, vi a televisão do Berlusconi, fiquei com um asco brutal, ele era presidente do Milan, e eu falei ‘qual time é o adversário principal? Inter? Tudo bem, sou Inter’. Na época estava cheio de alemão lá. Era um time simpático, muito modesto, muito aguerrido, comecei a torcer, e hoje em dia eu torço pra eles, mas sem grande transporte”, finaliza.

Os comentários feitos para a Jovem Pan ainda estão disponíveis no site da rádio e tiveram boa repercussão. Mainardi não precisou viajar para os estúdios da rádio em São Paulo ou passar uma temporada na África. Fez tudo de sua própria residência, no Rio de Janeiro, local que ia ser sua arena com ou sem este interessante convite profissional. “Eu ia assistir a Copa de qualquer maneira. Entre assistir ganhando e de graça, prefiro ganhando.”

Se Fabio Capello, treinador do skretch inglês tomasse escolhas sábias como essas era provável que o palpite de nosso Oráculo e o futebol de Wayne Rooney tivessem passado das oitavas.

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