Itu fez parte do I Encontro em Patrimônio Industrial que ocorreu em Campinas
Durante os dias 17 a 19 de novembro, pesquisadores brasileiros e estrangeiros estiveram reunidos em Campinas para discutir questões relacionadas ao Patrimônio Industrial. De Itu destacou-se a presença do edifício da Fábrica São Luiz, tombado pelo Condephaat e revitalizado através de novos usos.
Deborah Dubner
Durante os dias 17 a 19 de novembro, pesquisadores brasileiros e estrangeiros estiveram reunidos no Centro de Convenções da Universidade Estadual de Campinas com a finalidade de discutir questões relacionadas ao Patrimônio Industrial.
Deste primeiro encontro sobre o Patrimônio Industrial, coordenado pelas pesquisadoras e professoras da Unicamp Cristina Meneguello e Silvana Rubino, resultaram a publicação do livro em CD Patrimônio Industrial: perspectivas e abordagens, com trinta e dois artigos escritos por pesquisadores brasileiros e estrangeiros divididos em quatro linhas de Pesquisa: arqueologia industrial, arquitetura e preservação do patrimônio, industrialização, memória e trabalho e espaços da moradia
Outro resultado deste encontro foi a oficialização da fundação do Comitê Brasileiro de Preservação Industrial — TICCIH Brasil, ligado ao TICCIH (The International Comittee for the Conservation of the Industrial Heritage), organização mundial para a arqueologia industrial, conservação, investigação, documentação e formação em todos os aspectos do patrimônio industrial.
Entre os trabalhos apresentados, estavam presentes pesquisadores voltados para a pesquisa em patrimônio industrial do interior paulista como Campinas, Sorocaba, Piracicaba, Salto e Itu.
Do Patrimônio Industrial de Salto foram apresentados o conjunto de edificações que abrigaram a fábrica Brasital S/A e seu entorno: rio Tietê, cachoeira e ponte pensil, além do Museu da Cidade de Salto, lugar de preservação da memória industrial da cidade.
De Itu destacou-se a presença do edifício da Fábrica São Luiz, tombado pelo Condephaat e revitalizado através de novos usos como o da instalação dos escritórios da Fazenda Capoava, Projeto História Viva, Associação Pró-Turismo (Prótur) e atelier de artistas. Além disso, o edifício é hoje parte da vida cultural da cidade, aberto a eventos comunitários e sociais como a Feira do Clube de Mães, roteiros turísticos como o Roteiro Caipira e visitas de escolas, turistas e ituanos (muitas vezes antigos funcionários). Esta ação proporciona a preservação, pesquisa e divulgação do patrimônio industrial da cidade.