Arte Barroca presente em Itu foi tema de aula do Colégio Anglo
Apresentação aconteceu no dia 13 de setembro.
André Roedel
Na tarde de 13 de setembro, os alunos do primeiro ano do Ensino Médio (classes A, B e C) do Colégio Cidade de Itu – Anglo assistiram a uma aula inusitada em dois ambientes distintos e bastante conhecidos no município: Paróquia de Nossa Senhora da Candelária e Igreja Nossa Senhora do Carmo.
O professor de História, História da Arte e Sociologia, Alceu de Mello Viana, acompanhado pela professora de Literatura, Renata de Toledo Martins, e pelo coordenador, Francisco José de Campos Feital, ministrou aula no interior das duas igrejas sobre a Arte Barroca e não poupou elogios à riqueza que Itu possui nesse campo e a sua preservação.
Ele fez questão de destacar o trabalho artístico realizado pelo padre Jesuíno de Monte Carmelo e pela sua grande contribuição dada a esse estilo de arte, com pinturas presentes nas igrejas Matriz, Carmo e Nossa Senhora do Patrocínio.
A Arte Barroca surgiu na Europa na época da Contra Reforma com o intuito de reforçar a fé católica que, naquele momento, foi abalada pela Reforma Protestante. Ela é considerada a arte da emoção e se utiliza do contraste claro-escuro com a finalidade de intensificar a expressão de sentimentos. A luz destaca personagens em primeiro plano e em perspectiva para ressaltar a profundidade, características visíveis nas obras de Caravaggio.
O professor Alceu explicou aos alunos detalhes da arte barroca presentes nos altares das duas igrejas ituanas como anjos querubins, colunas torças com folhas de videiras, cachos de uva (representando a fertilidade), presença de ave fênix que representa a ressurreição, e principalmente a presença da pintura em ouro, algo bastante comum nos tempos da Península Ibérica e da América. Segundo o professor, em nenhum outro lugar o dourado do ouro atingiu tamanho esplendor como nas igrejas luso-brasileiras.
Por meio da pintura, escultura, arquitetura e música, a Arte Barroca teve grande importância na propagação da fé católica apostólica romana, pois foi largamente utilizada para ensinar os pobres e menos instruídos sobre religiosidade, explicou o professor.
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