Movimento cultural de Itu ganha notoriedade internacional

As ações para lembrar o Centenário Nelson Werneck Sodré - iniciadas em Itu - avançaram fronteiras e têm se consolidado em diversas entidades, inclusive no exterior, através de uma rede de pensadores.

Em uma reportagem sobre o tema no jornal da Associação Brasileira de Imprensa, o jornalista Marcos Stefano ressalta o fato. "Na luta pela justa reabilitação de um dos mais expressivos pensadores brasileiros, a curadora de sua obra, Olga Sodré, conta com uma ajuda expressiva: uma rede de mais de 80 acadêmicos, do mestrado ao doutorado de várias universidades brasileiras. E a pequena Itu, cidade das grandes coisas, no interior de São Paulo, tornou-se uma espécie de centro desse movimento."

Além desta rede, o auxílio dos meios de comunicação também tem sido primordial para que o movimento atinja várias cidades do estado, como São Paulo, Marília, Sorocaba, Salto, Porto Feliz, Campinas e Indaiatuba. Do último município, o historiador J. R. Guedes de Oliveira escreve: “Quando o meu rumo é Itu, aproveito o trajeto obrigatório de entrada na cidade e passo no cemitério local. Lá, bem no corredor principal, está o jazigo de quem pensou, agiu e lutou pelo nosso país.”

A diretoria do Centenário recebe ainda e-mails e cartas de diversos lugares do Brasil e do mundo. “Parabéns pelas comemorações do centenário de Nelson Werneck Sodré. Eu não perdia suas palestras”, diz o cineasta Miguel Borges, de São Lourenço (MG).

O professor da PUC-RIO, Álvaro de Pinheiro Gouvêa, também prestou sua homenagem através de e–mail. “Minha querida amiga Olga, meus parabéns por estar ajudando o Brasil a crescer através do seu pai. Como adoro livros, fiquei imaginando a biblioteca de seu pai como a de Borges (em referência ao escritor argentino Jorge Luiz Borges)”.

A jornalista e pesquisadora Joelle Rochou do setor de história da Casa de Rui Barbosa, Rio de Janeiro, parabeniza o movimento. “Está um sucesso este centenário!”

A rede Nelson Werneck Sodré está igualmente atingindo pesquisadores da Europa. O professor de psicologia na Escola de Belas Artes de Paris, Christian Gaillard, é um deles. “Olga, você já nos tinha falado um pouco a esse respeito, mas sem que nós tivéssemos verdadeiramente percebido o papel que ele representou para a cultura brasileira, e a ação que você está desenvolvendo sobre isso”.

“Olga, estou feliz de poder acompanhá-la de longe e ver que você conseguiu prestar a seu pai a homenagem que desejava”, diz a psicóloga social francesa, Denise Jodelet.

Pierre Yves Maugen, do Ministério de Ensino Superior e da Pesquisa da França, também manifestou seu entusiasmo com o evento e sua organização. “ Fiquei feliz e impressionado pelo lançamento bem preparado do Centro de estudos brasileiros para o Centenário de nascimento de teu pai. Vejo que, no site, há numerosas informações, entrevistas, fotos (descubro o rosto profundo de seu pai) e todos os sinais de reconhecimento por suas atividades notadamente históricas e culturais. Espero poder continuar a ler no site – vejo que ele se renova regularmente – as informações recentes”.

“Olga, você deu uma síntese maravilhosa do trabalho e da importância de seu pai e um retrato fascinante do Brasil dos anos 50 e 60”, diz o Secretário Geral do Diálogo Inter-religioso Monástico do Vaticano, D. William Skudlarek.

A abadessa do Mosteiro Nossa Senhora da Paz (Itapecerica da Serra, SP), Madre Marta Lúcia Teixeira, enviou suas bênçãos aos trabalhos que estão sendo realizados. “Que maravilha toda essa irradiação da obra de seu pai e desse centenário! Quantas graças e bênçãos de Deus para tantas pessoas! Tenho acompanhado tudo pelo site e fico admirada com sua atuação e representação”.