Cultura

Publicado: Sexta-feira, 12 de abril de 2013

Laurentino Gomes fala sobre suas obras no "Caminhos da Leitura"

Autor, que mora em Itu, distribuiu livros e autógrafos.

Crédito: André Roedel - www.itu.com.br Laurentino Gomes fala sobre suas obras no "Caminhos da Leitura"
Laurentino Gomes falou, além de sua obra, sobre a história do Brasil

O segundo dia do projeto “Caminhos da Leitura” contou com a ilustre presença do escritor Laurentino Gomes. Morador de Itu, ele contou um pouco sobre seu trabalho de pesquisa e como ele chegou ao resultado final de seus dois livros, “1808” e “1822”. Pronto para lançar seu novo trabalho, “1889”, ele adiantou ao público presente alguns detalhes sobre a obra.

Com o tema “Por que estudar História?”, o bate-papo com Laurentino Gomes foi focado no passado brasileiro, mais exatamente o período retratado em sua obra. Ele conta que há seis anos resolveu utilizar o conhecimento jornalístico – Laurentino foi jornalista de redação por anos – para escrever um livro sobre história do Brasil. Seus livros se tornaram um sucesso imediato.

Foi aí que Laurentino se perguntou: por que as pessoas estão lendo um livro sobre história do Brasil? Para tirar a dúvida, ele procurou os estudos do geógrafo Milton Santos e descobriu que ele já havia previsto que, no mundo globalizado, as pessoas se interessariam mais em saber de onde vieram para assim saber aonde irão.

“O brasileiro é avesso à política, mas espera tudo do governo”, disse Laurentino ao comentar que o povo do Brasil é historicamente desinteressado em questões políticas. Depois de publicar “1808” (que fala da vinda da corte portuguesa ao Brasil) e “1822” (que descreve o período da Independência), o escritor lança em agosto seu novo livro, “1889”.

“1889” vai mostrar o período da Proclamação da República. Laurentino Gomes ainda não sabe quais serão seus próximos passos. “Gostaria de escrever sobre a Guerra do Paraguai, a Inconfidência Mineira ou sobre as revoluções brasileiras, como a Cabanada”, comentou o escritor ao Itu.com.br.

Questionado pelo público sobre qual seria o ponto em que o nosso país se perdeu e acabou na situação que está, Laurentino disse não existir. “Nós somos o que fomos destinados a ser”, explicou. “O passado afeta o presente”, sacramentou o escritor. No final do bate-papo, Laurentino brindou o público presente com algumas edições de suas obras, além de distribuir autógrafos e sorrisos.

Paulo Levy

Também no segundo dia de programação, o "Caminhos da Leitura" recebeu um bate-papo com o escritor Paulo Levy, autor romances policiais como "Morte na FLIP". ELe contou sobre o processo de criação dos personagens e como seu dia a dia reflete em suas obras. "Na minha cabeça, os personagens têm alma, eles falam. Minha função como escritor é colocar isso no papel", disse.

O “Caminhos da Leitura” segue até o dia 14 de abril, no Paço Municipal. Confira aqui a programação completa. 

Comentários