Cultura

Publicado: Terça-feira, 28 de abril de 2009

Itu ganha Baobá do Pequeno Príncipe

Sobrinho de Saint Exupéry planta na Fazenda do Chocolate.

Crédito: Deborah Dubner / www.itu.com.br Itu ganha Baobá do Pequeno Príncipe
Sheila Dryzun, François d'Agay e a familia Hacker celebram o Pequeno Príncipe na Fazenda do Chocolate em Itu

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Por Deborah Dubner  

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“É uma questão de disciplina. Quando a gente termina o toalete da manhã, precisa fazer com todo o cuidado a toalete do planeta”
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Muito antes de palavra sustentabilidade virar moda, Saint Exupéry já visualizava a necessidade de olhar para o planeta com mais humanidade, humildade, cuidado e gratidão. Várias frases de sua obra revelam esse olhar sensível e visionário.
 
Muitas décadas depois, O Pequeno Príncipe renasce no Brasil ganhando novo formato, totalmente alinhado com a mentalidade do século XXI. Simbolizando uma espécie de “guardião do planeta”, o principezinho amigo das estrelas, das flores, dos animais e das crianças aventura-se no livro “O Pequeno Príncipe me disse”, de Sheila Dryzun.
 
Não é por acaso que esta obra nasce no Brasil, país tropical que reúne tantas raças, exuberante fauna e flora, gente criativa e hospitaleira. Além disso, Saint Exupéry teve forte relação com o Brasil, passando por Florianópolis, Rio de Janeiro e outras cidades.
 
Vale lembrar que o famoso Baobá, um dos fortes símbolos do livro, foi conhecido por Saint Exupéry no Brasil (em Natal), deixando-o encantado. Como sempre, as matas brasileiras encantando o mundo todo!
 
E foi em Itu que Sheila Dryzun e o francês François d’Agay (sobrinho de Saint Exupéry) escolheram plantar um Baobá. A Fazenda do Chocolate, paraíso das crianças, foi o local perfeito para homenagear um escritor que tem feito sorrir a infância de todas as pessoas, inclusive dos adultos. Veja fotos!
 
“Eu trouxe uma semente de Baobá de Madagascar há mais de 2 anos. Plantei na minha casa, em São Paulo e nos últimos dois meses trouxe para Itu, onde tenho uma casa de final de semana. E foi aqui que ele cresceu rapidamente. Isso mostra que Itu é o lugar dele. E trazendo para a fazenda, onde passam tantas crianças, tenho certeza que ele vai crescer ainda mais e plantar sementes do Pequeno Príncipe em todos que por aqui passarem”, diz Sheila emocionada em se separar do seu Baobá.
 
François d’Agay emociona-se também com a cerimônia do plantio. Impressionado com a valorização do patrimônio rural pela família Hacker, ele reforça a importância de honrar as gerações passadas, assim como ele o faz com seu tio. Com as mãos na terra conecta a presença de Saint Exupéry, reforça os laços entre a França e o Brasil, e deixa a marca do Pequeno Príncipe nessa pequena cidade exagerada no carinho e na fama. “Se me falassem há alguns meses que eu estaria nesta linda fazenda plantando um Baobá, eu não acreditaria. Estou vivendo um momento muito especial”, declara.
 
O Baobá está sob os cuidados da Família Hacker, proprietária da fazenda, e ganhará lugar de destaque. Ele já pode ser apreciado por qualquer visitante.
 
O LIVRO
 
“Mas se você vem a qualquer momento, nunca saberei a hora de vestir meu coração”
 
Essa é uma das 40 frases escolhidas por Sheila Dryzun para a criação de sua obra “O Pequeno Príncipe me disse”, lançada na Livraria Cultura (São Paulo) no dia 22 de abril (Dia da Terra). O livro reúne alegria, poesia, beleza e verdade nos depoimentos de infância, fotos e reflexões de cerca de 40 celebridades como Rita Lee, Luana Piovani, Stephen Kanitz, Rubem Alves, Fernando Meirelles, Tom Zé, Gilberto Dimenstein, Henry Sobel, Lázaro de Mello Brandão, Wellington Nogueira, Mauricio de Souza, Mario Prata, Pelé, Luis Fernando Veríssimo, José Mindlin, entre outros.
 
“Eu selecionei frases do Pequeno Príncipe, fiz uma caixa de surpresas para cada uma dessas pessoas e as convidei para compartilharem suas histórias, a partir dos ensinamentos de Saint Exupéry, conta Sheila.
 
Além desse livro, que tem mais de 260 páginas coloridas e delicadamente desenhadas, Sheila escreveu “A História de uma história”, sintetizando a vida de Saint Exupéry com histórias, memórias e detalhes que poucos sabem. “Eu pretendia fazer apenas uma introdução de sua vida no livro, mas durante a pesquisa acabei descobrindo tantas coisas que acabou virando mais um livro. Entrando na sua história, percebi que o Pequeno Príncipe é, na verdade, um livro autobiográfico”, declara Sheila.
 
O projeto, que demorou mais de três anos para ser concluído, já é sucesso em menos de 10 dias de lançamento. As sementes de sabedoria e inocência plantadas por Saint Exupéry ganham nova forma e alcançam novos horizontes a partir dessa obra.
 
A EXPOSIÇÃO
 
“Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos.”
 
Nas paredes do espaço de exposição do Conjunto Nacional, em plena Avenida Paulista (SP), o Pequeno Príncipe convida os passantes a saírem da realidade poluída e entrar em um universo onde a luz vem das estrelas e infância acorda a vida. Veja fotos da exposição!
 
A exposição foi aberta após um bate papo com o francês
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