Cultura

Publicado: Quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Barões de Itu receberão homenagem

A cerimônia acontecerá no dia 15 de fevereiro.

Em memória aos 150 anos de falecimento do Barão de Itu, Bento Paes de Barros, a Secretaria de Cultura realizará uma cerimônia em homenagem ao primeiro Barão da cidade, no dia 15 de fevereiro, sexta-feira, às 20h, na própria secretaria.

A homenagem também se estenderá a Bento Dias de Almeida Prado, o Barão de Itaim, falecido há cem anos. O evento acontece em parceria com o Museu da Energia – Núcleo Itu, Acadil (Academia Ituana de Letras) e Instituto Cultural de Itu.

A Secretaria da Cultura está localizada na rua Paula Souza, 669, no Centro.
 
Barão de Itu - Bento Paes de Barros (1788-1858)
 
Bento Paes de Barros, primeiro barão de Itu, nasceu em Itu, onde foi um dos políticos mais influentes de seu tempo. Ocupou o cargo de capitão-mor da Vila e foi vereador. Junto com seu irmão Antonio Paes de Barros (barão de Piracicaba), liderou as tropas de Itu durante a Revolução Liberal de 1842 e por esse motivo foram perseguidos. Foi casado com Leonarda de Aguiar Barros, primeira baronesa de Itu, irmã de Rafael Tobias de Aguiar, sorocabano, líder maior da Revolução.

Em 1846 recebeu, juntamente com seu irmão, a honraria do título de nobreza, o primeiro a ser conferido a um ituano, pelo Imperador D. Pedro II. Faleceu em 9 de fevereiro de 1858 e seu corpo está enterrado na Capela São João de Deus da Santa Casa de Misericórdia de Itu, da qual foi um dos fundadores e benfeitores e primeiro Provedor. O sobrado que hoje abriga o Espaço Cultural Almeida Júnior (Secretaria da Cultura) era de propriedade do barão, dono de dois grandes engenhos de açúcar em Piracicaba e Capivari.
 
Barão de Itaim - Bento Dias de Almeida Prado (1821-1908)
 
Bento Dias de Almeida Prado, barão de Itaim, nasceu em Itu no ano de 1821, filho do rico proprietário de terras Francisco de Almeida Prado. Foi também um dos maiores agricultores de seu tempo, quando possuiu um conjunto notável de fazendas de produção de café, cana-de-açúcar e algodão. Teve papel decisivo na política local, ao tomar parte do Diretório local do Partido Republicano Paulista.

Foi Provedor da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, grande benfeitor do Asilo de Mendicidade de Nossa Senhora Candelária e mecenas da arte, patrocinando o douramento da Igreja Matriz, entre outras tantas obras. Foi agraciado com o título de Barão de Itaim pelo Imperador D. Pedro II em 1885.

Faleceu em Itu aos 17 de fevereiro de 1908. O prédio de sua antiga residência abrigou durante décadas o Paço Municipal e hoje está cedido à USP, onde funciona o Centro de Estudos do Museu Republicano, chamado “Casa do Barão”.
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