Opinião

Publicado: Quinta-feira, 6 de março de 2008

Ariel Mariano reflete sobre o anel viário de Itu

Crédito: Arquivo Pessoal Ariel Mariano reflete sobre o anel viário de Itu
É preciso dar a essa gente um verdadeiro
Há alguns meses, nossa região foi contemplada com uma importante obra: o míni anel viário.
 
Não importa em tal análise, quem foi o provedor financeiro do empreendimento, se particular ou público, embora em tais questões não raro e quase sempre, há uma simbiose entre ambos. Seja como for, propiciou condições para o desafogamento do trânsito local, e, sobretudo para evitar tráfego de pesados caminhões nas principais artérias das duas cidades.
 
Tal assertiva, não só gera economia, mas também permite melhores condições de conservação das ruas nas cidades, inadequadas para o chamado “trafego pesado”. Na prática, todavia, isso não ocorre, e constata-se com uma freqüência insustentável, a utilização das vias locais pelos referidos caminhões ao invés do tal rodo-anel.
 
As razões passam por desinformação e também por economia, já que em condições normais, torna o percurso maior. Aí é que deveria entrar em ação, de forma mais contundente, o poder público das duas cidades.
 
Em primeiro lugar, através de uma maior eficácia na divulgação de tal empreendimento, junto aos respectivos caminhoneiros. Em segundo lugar, através de fiscalização, de forma a não se permitir o tráfego de veículos com carga superior, a digamos, quatro toneladas, exceto quando o destino ou saída for das próprias cidades.
 
Para tal realização, poderiam ser utilizados os “portais” das cidades, e respectivos guardas já lá alocados, sem quaisquer custos adicionais para as municipalidades, bastando para tanto, controles, por amostragens nas cargas e respectivas notas fiscais.
 
As medidas sugeridas são não apenas exeqüíveis, mas baratas e de resultados previstos, mais que satisfatórios para a municipalidade. Com a palavra, nossas distintas autoridades locais.
 
As ponderações aqui identificadas são apenas exemplos, da falta de visão econômica e gerencial, que constatamos com enorme freqüência, no trato da coisa pública em nosso país.
 
Como todos sabem, nas empresas, aquelas que não são bem administradas, caminham inexoravelmente para encerramento de suas atividades e mesmo aquelas bem gerenciadas, correm sérios riscos, por contingências de mercado e outros fatores de também sucumbirem.
 
Já o mesmo não ocorre com as administrações governamentais, sejam nas municipais, estaduais e federais, onde não raro a incompetência, o nepotismo e o despreparo, fazem o país não apenas estagnar, mas mesmo regredir.
 
É preciso dar a essa gente, um verdadeiro “banho” de bom gerenciamento, visão a longo prazo e, sobretudo amor ao país.
 
Compete, portanto, a nós eleitores, não apenas estarmos “atentos” a eventuais desmazela de nossos governantes, mas também, educadamente, sugerir, ponderar e identificar bons caminhos para um destino mais edificante de nossa pátria.


Ariel Mariano é Bacharelado em Ciências Contábeis, com especialização em Auditoria. Foi consultor e executivo de empresas por mais de quinze anos. Atualmente é um pequeno empresário.
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