Cotidiano

Publicado: Quarta-feira, 13 de maio de 2015

Período de maior incidência de neblina nas rodovias de SP tem início

ARTESP alerta para os principais pontos no Estado.

Período de maior incidência de neblina nas rodovias de SP tem início
Em geral, trechos de serra e baixadas (vales) estão mais sujeitos à ocorrência de neblina

No período de maio a agosto observa-se um aumento da incidência de neblina em várias regiões do Estado de São Paulo. Com isso, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) e as concessionárias que administram 6,4 mil quilômetros de rodovias do Programa Estadual de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo iniciam uma série de medidas operacionais com o objetivo de reduzir os riscos de acidentes nessa época do ano.

A redução de visibilidade provocada pela névoa do fenômeno climático aumenta o risco de colisões traseiras (que podem se transformar em engarrafamentos), de choques contra obstáculos fora da pista (muretas de proteção, postes de sinalização, guard-rails, etc.) e atropelamentos.

A ARTESP trabalha em conjunto com a Polícia Militar Rodoviária e as concessionárias para garantir o cumprimento de medidas essenciais para uma viagem segura. Já ao motorista cabe estar atentos à sinalização e reduzir a velocidade ao perceber que a visibilidade está prejudicada.

Entre as principais ações das concessionárias estão a revitalização das sinalizações vertical (placas e painéis informativos) e horizontal (pintura de solo), veiculação de mensagens alertando os motoristas nos painéis de mensagens eletrônicos distribuídos pelas rodovias, sinalização com uso de viaturas, campanhas educativas, informativos através de sites, redes sociais e serviço 0800 e até suspensão de obras quando houver situações críticas. Na malha concedida no Estado de São Paulo a sinalização reforça a necessidade de reduzir a velocidade e acender o farol baixo, além de haver dispositivos refletivos para orientação do motorista.

No Sistema Anchieta-Imigrantes, onde a ocorrência desse fenômeno é mais frequente, a concessionária Ecovias e a Polícia Militar Rodoviária realizam a Operação Comboio, ação na qual os carros que seguem sentido litoral são represados nas praças de pedágio (km 31 da Anchieta e km 32 da Imigrantes) sempre que a visibilidade dos motoristas fica abaixo de 100 metros. Os veículos saem escoltados por viaturas da Polícia Rodoviária e da concessionária a uma velocidade máxima de 40 km/h como medida de segurança.

Pontos críticos

Em geral, trechos de serra e baixadas (vales) estão mais sujeitos à ocorrência de neblina. Os períodos de maior incidência são o começo da manhã e a madrugada. A ARTESP listou os pontos onde é mais comum haver neblina nesta época do ano nas rodovias sob concessão, porém o motorista deve estar atento em todas as viagens, uma vez que o fenômeno também é observado em outros trechos rodoviários.

Veja os pontos onde a ocorrência de neblina é frequente na Região de Sorocaba:

- Rodovia Raposo Tavares (SP-270), km 48 e km 52, região de São Roque;

- Rodovia Castelo Branco (SP-280), do km 50 ao km 58, regiões de São Roque e de Araçariguama;

- Rodovia Santos Dumont (SP-75), km 33, região de Itu;

- Rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto (SP-300), km 109/110, região de Itu;

- Rodovia Marechal Rondon (SP-300), do KM 202 ao km 225 e do km 235 ao km 246, região de Botucatu.

Responsabilidades do condutor

Parte importante na prevenção de acidentes é de responsabilidade do condutor, que deve tomar os devidos cuidados ao viajar sob neblina:

1) Reduza gradualmente a velocidade ao perceber os primeiros sinais de neblina;

2) Mantenha uma distância segura do veículo à frente;

3) Acenda os faróis baixos – tanto de dia quanto à noite. Não é recomendado manter os faróis apagados, mesmo de dia. Já o farol alto, independente do horário, dificulta a visibilidade pela grande dispersão de luz emitida sob neblina;

4) Não pare o veículo no acostamento;

5) Nunca pare na pista;

6) Não ligue o pisca-alerta com o veículo em movimento;

7) Use a pintura de faixa da pista como referência do caminho a seguir;

8) Fique atento a sinais sonoros externos que possam indicar uma situação atípica à frente como buzinas, sirenes e som de colisão;

9) Deixe a janela aberta, ainda que parcialmente, para ouvir eventuais sinais sonoros;

10) Evite uso de aparelhos que possam dispersar a atenção;

11) Deixe o para brisa limpo;

12) Mantenha o vidro aberto ou ligue a ventilação dentro do carro para não embaçar os vidros;

13) Caso julgue não ter condições de visibilidade para seguir viagem, pare somente em locais seguros como postos de abastecimento.

Sistemas de Atendimento ao Usuário

Em caso de necessidade de parada ou em situação de emergência, seja por ocasião de neblina intensa ou por algum outro motivo – como para descanso, obter informação ou ajuda -, os motoristas que utilizam a malha estadual concedida contam com os Sistemas de Atendimento ao Usuário (SAUs). Ao todo, são 146 postos nas rodovias paulistas, que operam 24 horas por dia, todos os dias do ano, e têm o objetivo de auxiliar o usuário em emergências médicas ou mecânicas, além de oferecer pontos de parada.

O serviço é executado pelas concessionárias e está previsto nos editais de concessão. Esses serviços são inteiramente gratuitos e operam por meio de unidades móveis, baseados ao longo do sistema viário em pontos fixos estrategicamente escolhidos. Os SAUs contam com primeiros socorros e atendimento médico a acidentados, com eventual remoção das vítimas a hospitais, atendimento mecânico e elétrico e serviço de guincho, com desobstrução da pista e eventual remoção do veículo.

Todos os contratos de concessão exigem ainda uma rede de telecomunicação de emergência disposta ao longo das rodovias, constituída de um telefone a cada mil metros, destinada a permitir o acionamento pelo usuário que estiver precisando de ajuda. Essa rede é interligada a uma central de comunicações, no Centro de Controle Operacional (CCO), que deverá acionar todos os recursos do sistema. Além dos telefones de emergência, veículos de inspeção de tráfego devem percorrer todo trecho da rodovia para detenção de ocorrências e situações que exijam intervenção, bem como para execução de sinalização de emergência necessária nos atendimentos.

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