Cultura

Publicado: Quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Festival de Artes de Itu pode ter sua data alterada para janeiro

Participe da enquete e leia opiniões contra e a favor!

Crédito: Perfil do Conselho Municipal de Cultura de Itu Festival de Artes de Itu pode ter sua data alterada para janeiro
Qual é a sua opinião?
















Por Camila Bertolazzi

A Secretaria de Cultura de Itu recebeu uma proposta para alterar o período de realização do Festival de Artes de Itu, a partir do ano de 2013. A sugestão é que o Festival, realizado no mês de julho (inverno), aconteça no mês de janeiro, com características de um Festival de Verão.

A justificativa recebida pelo Secretário de Cultura de Itu, Jonas Soares de Souza, defende que o evento no mês de janeiro viria ao encontro dos hábitos da população ituana, e não teria concorrência de outros festivais, normalmente realizados no mês de julho, como por exemplo, o Festival de Inverno de Campos de Jordão. Por outro lado, temos um mês de janeiro chuvoso, o que dificultaria nos eventos externos.

"A mudança da época de realização do Festival de Itu tem sido proposta por vários músicos e professores. Dois motivos são apresentados: primeiramente, a ‘vocação’ de Itu para atividades ao ar livre no verão, particularmente no início do ano; o segundo motivo é a coincidência com vários outros festivais no mês de julho, fato que inviabiliza a vinda de músicos e professores compromissados com esses eventos”, explica Souza.

Diante do impasse, em função das opiniões divergentes, o Conselho de Cultura de Itu criou uma enquete em sua página no Facebook com o objetivo de auxiliar na decisão. De forma bastante democrática, o Secretário acatou a sugestão, autorizando a iniciativa. “Na minha opinião, o período de realização do Festival de Artes de Itu é indiferente, desde que se assegure o binômio aprendizado/festa com certo nível de excelência, marca gravada pelo maestro Eleazar de Carvalho", opina Souza.

Confira abaixo as opiniões de alguns ituanos entrevistados pela equipe do Itu.com.br:

A favor

João Sarti - jornalista

Eu acredito ser melhor por ter menos festivais no mês de janeiro do que em julho. Isso poderia trazer um maior investimento por parte do governo estadual! Por exemplo, em julho acontece o Festival de Campos do Jordão, que recebe uma verba milionária! Fica difícil ter mais atenção do Estado assim. Acredito que também seja melhor por causa do tempo. Todos sabem que o frio impede que mais pessoas compareçam ao evento. Mas se for alterado para janeiro, é preciso pensar nas chuvas, que são frequentes neste mês. Talvez fazer apresentações em lugares fechados. Por exemplo, no festival de 2004, muitas apresentações aconteciam dentro das igrejas do centro histórico, principalmente de orquestras e corais. Seria uma alternativa para a chuva. Também neste ano, em volta do palco da praça do Carmo, colocaram tendas onde ficavam as cadeiras do público, o que era bom, para se caso chovesse e também para proteger as pessoas do sol, durante o dia. Eu, particularmente, ainda prefiro em julho, mas, como eu disse, se trouxer mais investimentos para o Festival, que seja em janeiro.

Lourdes Sioli - professora

Sou a favor da mudança para o verão primeiro porque a estação é mais convidativa e mais alegre, e o período de férias é maior. Segundo porque já há muitos festivais de inverno em São Paulo, todos na cola do de Campos de Jordão, que é imbatível e não deve ser o único paradigma. O próprio nome sugere erudição daquele modelo. Acho que a mudança trará mudanças dando uma feição nova, uma identidade ao nosso festival, que não tem a nossa cara!

Marcelo Aglio – profissional de Letras

Acredito que no período de janeiro, a cidade está mais bem preparada e estruturada para receber este tipo de evento. Em julho as férias escolares são de apenas duas semanas, e o Festival coincide com outros eventos, como o Fazendo Arte nas Férias, da Secretaria de Educação. Para falar a verdade, o grande problema do Festival vem sendo a péssima divulgação e a logística das apresentações (como querer enfiar uma orquestra numa praça com uma aparelhagem de som horrível), além da má recepção com os artistas de outras cidades (amigos meus que se hospedaram no quartel, tiveram algumas reclamações, por exemplo). Portanto, em janeiro, por se ter um período mais longo do que as duas semanas de julho, pode-se organizar um festival em que não seja necessário "encavalar" tantas apresentações, e com mais tempo para se ministrar as oficinas.

Maria Sofia Vidigal Pacheco - advogada

Acho que no verão as pessoas saem mais e comparecem aos eventos. O inverno, por ser frio, não favorece os espetáculos ao ar livre. Eu mesmo deixei de ir a várias apresentações por causa do frio. Por outro lado, deixamos de ter uma concorrência desigual que é o Festival de Campos e podemos atrair mais pessoas para cá nos meses de verão, com a promessa de uma boa música.

Rodrigo Terassan – fotógrafo

Sou a favor, porque temos mais turistas (acredito eu) nessa época e também, por ser calor, os dias são mais longos e as pessoas se animam mais para sair de casa e prestigiar o evento.

Contra

Ana Paula Sbrissa – museóloga

Eu prefiro em julho, porque entre o final e início do ano são muitos eventos acontecendo na cidade: festividades natalinas, o aniversário da cidade, festa italiana, carnaval, semana Tristão Junior, entre outros. Se considerarmos que a Secretaria Municipal de Cultura não possui uma equipe técnica para a realização desses eventos, como consequência poderemos ter problemas no planejamento e execução de todos eles. Ainda podemos considerar as condições climáticas do mês de janeiro: calor e chuva. Todos que frequentam os eventos realizados na cidade, sabe que quando chove os ituanos não saem de casa. Os espaços físicos fechados são poucos na cidade, e não possuem infraestrutura para receber grandes públicos com conforto (ar condicionado, cadeiras, estacionamento). Para tal mudança é preciso considerar, também, uma campanha de marketing de qualidade, uma vez que há mais de 20 anos o Festival de Artes acontece no mês de julho, e uma mudança como essa precisa de muita divulgação. Talvez seja o momento de pensar na realização de um “Festival Piloto” em janeiro de 2013, para avaliar a adesão do público e seu planejamento e execução; considerando a possibilidade da realização da mudança de período ou a realização de dois festivais com abordagens d

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