A Serra do Japi e a migração hemisférica das aves

A serra do Japí, sempre teve grande importância, geográfica, geológica, quanto principalmente ecológica, fundamentais para a natureza privilegiada da região, ao ponto de ser amplamente reconhecida pela Unesco Patrimônio da Humanidade. Local portanto sacralizado, dos poucos que restam ainda no mundo.

Lá no alto, entre ribanceiras, ravinas, penhascos e densa vegetação florestal e aquática, há uma superfície de extensão imensa de água, uma espécie de gigantesco lago de pouca profundidade, pontilhado, misturado, rico de plâncton e vegetação típica, só visto em sua real e tremenda dimensão, do alto, em avioneta ou helicóptero, água pura, que alimenta graciosamente todas as vertentes que saem do alto da Serra, fornecendo frutuosamente esse precioso e puríssimo líquido, tão essencial à existência, ao Rio Piraí e a outros cursos vitais para o abastecimento de Cabreúva, bairros e arredores. Riqueza imensa que precisamos preservar!!!

As aves migratórias, que todo ano fazem o trajeto Antártida – Ártico , ou seja do Polo Sul ao Polo Norte e Vice-Versa, encontram no alto da Serra do Japi, ali em meio à mais pura sanidade e equilíbrio ecológico, sem distúrbios civilizatórios para atrapalhar, o local ideal, a meio caminho, para restaurar energias vitais e recomeçar a gigantesca travessia. Não é maravilhoso, que nós os cabreuvanos, estejamos vivendo tão perto, e nos beneficiando do ar mais puro, dessa fenomenologia grandiosa da natureza, desse equilíbrio dadivoso, que permite ou proporciona efeméride tão gigantesca, mas possível, da vida?