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Publicado: Segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Belém, centro histórico e cultural de Lisboa

Belém, centro histórico e cultural de Lisboa
Seguindo sugestão de uma leitora e também porque já é hora, quero falar um pouco sobre Belém. Essa é uma região, para mim pessoalmente, muito especial, porque abriga diversos monumentos históricos, ao mesmo tempo em que se moderniza dentro dessa Europa cada vez mais ávida, não sabe bem de quê…
 
Está mesmo ao lado do Rio Tejo, de onde partiram as caravelas para os descobrimentos portugueses. Isso é muito forte, saber que estamos em um lugar tão histórico e marcante mundialmente, e que definiria a história de diversos países, com os descobrimentos e as colonizações. É um lugar delicioso, com um passeio marítimo ao lado do Tejo e com imensos jardins logo do outro lado da linha do comboio.
 
Podemos falar um pouco da Torre de Belém, que é um dos monumentos mais expressivos de Lisboa, e que se localiza na margem direita do Rio Tejo, onde outrora existiu a praia de Belém. Inicialmente cercada de água em todo seu perímetro, foi progressivamente incorporada à terra firme. Esta fortificação integrava o plano defensivo da barra do rio Tejo projetado à época de D. João II (1481). A estrutura só viria a ser iniciada em 1514, sob o reinado de D. Manuel I. Destinava-se a substituir a antiga nau artilhada, ancorada naquele trecho, de onde partiam as frotas para as Índias. Foi concluída em 1520, mas com a evolução dos meios de ataque, foi aos poucos perdendo a sua função defensiva original. Ao longo dos séculos foi utilizada como registo aduaneiro, posto de sinalização telegráfico, farol e mesmo como masmorras para presos políticos durante o reinado de D. Filipe I (1580). O monumento reflete influências islâmicas e orientais, que caracterizam o estilo manuelino e marca o fim da tradição medieval. Parte de sua beleza reside na decoração exterior, adornada com cordas e nós, esculpidas em pedra, galerias abertas, torre de vigia no estilo mourisco, e elementos naturalistas, como um rinoceronte, alusivo às navegações. O interior gótico é muito austero.
 
Já em frente aos jardins, foi construído o Mosteiros dos Jerónimos, monumento à riqueza dos Descobrimentos. Constitui o ponto mais alto da arquitetura manuelina, o mais notável conjunto monástico do século XVI e uma das principais igrejas-salão da Europa. Os elementos decorativos são repletos de símbolos da arte da navegação e de esculturas de plantas e animais exóticos. Foi encomendado pelo rei D. Manuel I, pouco depois de Vasco da Gama ter regressado de sua viagem à Índia e financiado em grande parte pelos lucros do comércio de especiarias. Deriva o nome por ter sido entregue à Ordem de São Jerónimo, nele estabelecida até 1834. Sobreviveu ao sismo de 1755, mas foi danificado pelas tropas invasoras francesas de Napoleão Bonaparte, no início do século XIX. Inclui, entre outros, os túmulos dos reis D. Manuel I e sua mulher D. Maria; D. João III e sua mulher D. Catarina; D. Sebastião e D. Henrique e ainda os de Vasco da Gama, Luís Vaz de Camões, Alexandre Herculano e Fernando Pessoa.
 
Juntamente com a Torre de Belém é considerado património mundial pela Unesco e eleito como uma das 7 maravilhas de Portugal.
 
Mais ainda há muito que se falar de Belém: seu Centro Cultural, Palácio de Belém, e seus famosos Pastéis!!!!!
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