Publicado: Terça-feira, 4 de novembro de 2008
Dexter
Mocinho ou bandido: leia a crítica dessa polêmica série!
Guilherme Martins
Por Guilherme Martins
A série Dexter começou a ser exibida no canal Showtime, em 2006 e estreou no Brasil pelo canal Fox, no dia 08 de julho de 2007.
A série é baseada em um livro chamado “Darkly Dreaming Dexter”, de Jeff Lindsay, (lançado no Brasil com o título de “Dexter: a mão direita de Deus”) e conta a história de Dexter Morgan, um sujeito que trabalha como analista forense especialista em padrões de dispersão de sangue, no Departamento de Polícia de Miami. Porém, nas horas em que não está de serviço, Dexter mata pessoas.
Essa tática do protagonista anti-herói vem sendo muito usada pelas séries de TV em séries como House ou Shark, e consistem naqueles personagens que fazem a coisa certa, porém de maneiras nada ortodoxas.
No caso de Dexter, o protagonista interpretado de maneira naturalmente assombrosa pelo ator Michael C. Hall (da série Six Feet Under – A Sete Palmos), é um homem boa pinta, um irmão carinhoso, um namorado devotado e um profissional competente. Resumindo, é um indivíduo que todos adorariam ter como vizinho, mas que esconde um sombrio segredo: ele mata criminosos e assassinos que saíram impunes pela justiça.
Desde criança Dexter Morgan já possuía um instinto assassino, que foi percebido pelo seu padrasto Harry Morgan, que arrumou uma maneira de canalizar seu instinto e usá-lo para o bem. Dessa forma, usando o que ele mesmo chama de o “código de Harry”, Dexter só mata assassinos. O que choca, porém, são os requintes de crueldade com que ele realiza seu “serviço”, prendendo suas vítimas, retirando uma amostra de sangue para sua “coleção” e depois cortando-as em pedaços.
O mais chamativo e interessante na série, porém, não é a violência (que não é pouca), mas sim o enredo, roteiro e história, pois nos faz pensar sobre qual o limite entre justiça e moralidade. Podemos ou devemos considerar o protagonista um vilão?
Afinal, ele limpa a sociedade de maus elementos que escaparam do sistema penal. Os mais moralistas podem pensar que trata-se de um assassino, mas o que ele faz não seria um mal necessário? Diante de uma situação de perda em que o culpado sai impune, não existe aquela sensação de vingança e a vontade de que o indivíduo seja punido de alguma forma? É justamente isso que o protagonista da série faz, de modo que o espectador acaba se identificando com ele.
Aproveitando sua perícia no trabalho como analista de cenas de crime para não deixar pistas de seus atos, Dexter usa seu tempo de folga para manter a aparência e convencer a todos que é um indivíduo normal e provido de emoções, tudo para mascarar os atos brutais que realiza. A série também capricha no suspense a medida em que somos transportados para o passado misterioso do personagem e vamos descobrindo gradativamente seus segredos e seus anseios.
Agora a série está iniciando a sua terceira temporada na TV norte-americana, enquanto a segunda começa a ser exibida no Brasil. Altamente recomendável para quem curte um ótimo e envolvente suspense banhado a muito sangue!
E você, o que acha: Dexter é um vilão ou não? Participe e deixe seus comentários a respeito! Os leitores que tiverem mais novidades, curiosidades ou quiserem criar tópicos de discussão sobre os novos episódios desta ou de outras séries publicadas no itu.com.br também poderão participar. Aproveitem o espaço!
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