Bazinga: Big Bang Theory rouba a cena e é a melhor sitcom da TV

Por Leandro Sarubo

Desde o fim de Seinfeld, nos idos da conturbada década de 90, uma das mais interessantes para a cultura pop, poucas séries de humor encantaram o público. Certamente algum leitor – e para o meu prazer, muitos visitantes deste site se interessam por séries– evocará em sua memória alguma piada dedésantanesca da moçada esperta do Central Perk e relacionará o sucesso de público ao sucesso de crítica. Pois bem. Um aviso, amigos: Um milhão de telespectadores não salva seriados. Pergunte aos fãs de Lost.

The Big Bang Theory é uma das doces novidades dos últimos 10 anos. Uma das mais adocicadas e sólidas. Se Arrested Development ruiu e boas séries como That 70’s Show e Scrubs foram prejudicadas pelas cifras dos protagonistas, Big Bang vai para seu quarto ano sem estardalhaços ou surpresas. E com mais audiência que sua irmã mais velha, a boa Two And A Half Men. Tudo graças a audições competentes e a iniciativa de substituir as cada vez mais chatas reuniões de amigos e solteirões por um grupo de geeks.  E o resultado dessa complexa equação ciência + tecnologia + mundo nerd não poderia ter sido mais bem sucedida.

Apesar do contexto inovador, o verdadeiro segredo de TBBT está em Sheldon, interpretado por Jim Parsons. Ele, assim como Hugh Laurie, teve a impressionante capacidade de assumir um personagem rico e tornar ele ainda mais interessante. Mesmo a escada da série, o personagem Leonard, de Johnny Galecki, desempenha um trabalho formidável, aqui uma prova da sensibilidade de Chuck Lorre e Bill Prady, os criadores da série, que aplicam o mesmo conceito em Two And A Half Men, onde todas as personagens interferem diretamente no humor, com ou sem Charlie Sheen preso por dar sopapos na esposa. 

Como falamos de cientistas e viciados em fórmulas, um dado estatístico para encerrar: Lost encerrou sua jornada com quase 14 milhões de telespectadores. O fim da 3ª temporada de TBBT angariou 15 milhões de fãs. Bazzzzzzzzzinga, Dr. Jack.