Publicado: Terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Alta umidade propicia proliferação de caracois
Conheça a praga e aprenda a combatê-los!
Guilherme Martins
A alta umidade da temporada de verão favorece o surgimento de caramujos. Saiba um pouco sobre essa praga e algumas maneiras de combatê-la.
> Caramujo Africano
Achatina Fulica, conhecido como caramujo gigante africano (natural daquele continente). Essa espécie é extremamente voraz, alimenta-se de tudo que vê pela frente, desde folhagens e frutos; de papel a tinta de parede. Consome pelo menos 500 tipos diferentes de folhas.
Características
15 cm de comprimento quando adulto;
8 cm de largura;
Peso médio de 200 gramas adulto;
Cor amarela alaranjada com faixas claras em formas de estrias;
Vivem por ate seis anos.
Reprodução
Sua maturidade é alcançada depois do primeiro ano de vida, são hermafroditas, depositam de 20 a 350 ovos por desova, em um ano podem depositar até 1600 ovos, podendo em uma noite fazer 10 vezes a cópula.
Hábito
Durante o dia vivem enterrados, escondidos ou abrigados em frestas, telhas, matos, jardins, lixos, qualquer lugar que o proteja da incidência direta do sol.
Alimentam-se de vegetais, frutas, detritos orgânicos dentre outros. É resistente a variação de temperatura. Costuma aparecer mais em épocas chuvosas, e seu ápice de reprodução se da nos meses de janeiro a março.
Transmissão de doenças
A infecção pode ocorrer com a ingestão do caramujo infectado (com o parasita) através do consumo de vegetais, hortaliças e frutas, contendo o muco produzido por esse caramujo ou pelo manuseio do mesmo sem proteção.
Portanto, sempre fazer uma boa higienização dos vegetais, hortaliças, frutas antes de consumi-los, sempre que houver a necessidade de manusear um caramujo utilizar luvas ou sacos plásticos nas mãos.
Ele é transmissor de doenças (verminoses) para seres humanos, animais domésticos e animais de criação.
Modo de combate e prevenção
Faça uma armadilha: pegue um saco plástico, coloque aberto no chão, deposite as iscas (cascas de chuchu, folhas de repolho, alface, entre outras hortaliças) em cima do saco plástico e deixe à noite, pela manhã feche o saco, colocando outro. Os caracóis recolhidos devem ser incinerados, para isso utilizar uma vala, um tambor ou ainda uma fogueira cercada por tijolos ou blocos.
O recolhimento sempre deve ser feito por pessoas treinadas ou em mutirão com os vizinhos, pelo menos da mesma quadra de quarteirão. O risco de re-infestação é alto e com certeza os caramujos retornarão ao seu quintal.
Recolher os caracois sempre utilizando luvas descartáveis e sacos plásticos. Na falta de luvas descartáveis, usar uma pá. Não ter o contato da pele diretamente com o caramujo.
Pode ser usada a cal (de construção) como prevenção, espalhando pelo quintal, muro e entradas da casa para que eles não consigam avançar para dentro.
Confira os métodos NÃO recomendados:
A utilização do sal não é recomendada. O sal serve somente para salinizar o solo. Também não é recomendado o afogamento em balde com água e sal.
Os restos resultantes devem ser incinerados (queimados), enterrados, distante dos mananciais e poços de água. Jogar no lixo não é uma prática recomendável.
Não deixe pneus, latas, entulhos, plásticos, tijolos e telhas, madeiras, lixos em geral espalhados no quintal. Isso favorece a proliferação de Achatina Fulica, e de outras pragas nocivas à saúde, como: ratos , baratas , escorpiões , aranhas , moscas , mosquitos como o Aedes aegypti (vetor da dengue).
Não deixe que crianças façam a captura, pois isto pode trazer problemas à saúde das mesmas.
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