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Publicado: Segunda-feira, 25 de junho de 2007

Yôga e Drogas

Yôga e Drogas
Desde o período do chamado psicodelismo, no meio da década de 60, até os dias de hoje, vez por outra, consultam-me sobre a posição do Yôga em relação às drogas. A resposta que dou atualmente é a mesma daquela época: o Yôga não combina com o uso de drogas.
 
Primeiro, porque não precisa delas para aumentar a sensibilidade ou ampliar as percepções. As experiências do Yôga são reais, enquanto que as produzidas pelas drogas são alucinações.
 
Segundo, porque as drogas já são perigosas sem o Yôga, Com ele têm seus efeitos exacerbados e não dá para segurar. A cabeça vai a mil e depois entra em parafuso.
Terceiro, porque o Yôga trabalha limpando as nadís, que são meridianos energéticos, e a todo o organismo. As drogas sujam tudo, intoxicam e deixam resíduos.
 
Quarto, o Yôga é contra qualquer coisa que crie dependências.
 
Todos os praticantes de Yôga que conheci e que se atreveram a usar drogas, fundiram, foram para tratamento psiquiátrico.
 
Por saber de tudo isso, nunca usei nem permiti que alunos meus usassem qualquer tipo de droga. Por causa dessa minha postura, várias vezes tive que enfrentar o desafio e a cobrança de muita gente:
 
‑ Se você nunca tomou drogas como sabe que não são boas?
‑ Não é preciso ser muito inteligente para saber que não prestam. Mas isso não é relevante. Mesmo que fossem boas eu não as usaria porque levo minha filosofia de vida a sério e o Yôga não admite o uso de drogas.
‑ Isso é radicalismo.
‑ Então sou radical!
‑ Mas a maconha é natural...
‑ Cicuta também é natural. Você a tomaria?
‑ O que é cicuta?
 
Não acredito em recuperação do uso de drogas pela prática de Yôga. Em mais de 30 anos ensinando Yôga em várias regiões do Brasil e noutros países, nunca vi ninguém se recuperar definitivamente sem tratamento médico e estrito apoio da família. Por outro lado, seria um risco muito grande ter uma pessoa com esse tipo de envolvimento, relacionando-se com meus alunos. Sempre que soube de alguém cuja presença pudesse representar problemas, pedi seu afastamento, não apenas da minha instituição, mas do próprio Yôga.
 
Quando essa minha atitude ficou conhecida, os defensores de qualquer tipo de droga passaram a evitar-nos e apartaram-se definitivamente. sse é o apelo que faço a você, caro Leitor, se o barrete lhe servir.
 

Este artigo é um extrato do livro Yôga: Mitos e Verdades, do Mestre DeRose.

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