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Publicado: Terça-feira, 27 de julho de 2010

Volta às aulas!

Volta às aulas!
Que exista paz nas escolas...

Bem vindos às aulas! Sua sala. Seu tempo. Seu futuro.

A literatura sobre a não violência é rica com prosas poderosas e pensamentos desafiadores. Se a paz é o que todos os governos da terra dizem procurar e se a paz é o desejo de todos os corações, então porque não estamos ensinando e aprendendo sobre a paz nas escolas? Todos nós somos motivados para sermos cultivadores da paz. Mesmo assim, na maioria das escolas a história, métodos e sucessos em se criar a paz através da não violência não tem espaço no currículo.

Estudar a paz através da não violência é o mesmo que retirar as bombas do nosso mundo tanto quanto é retirar as bombas dos nossos corações. Muitas pessoas são ávidas em propagar a paz além dos oceanos enquanto existe uma guerra acontecendo na sala de estar. Cada problema que temos, cada conflito, seja entre familiares ou amigos ou internacionalmente entre governos serão resolvidos através da força violenta ou da força não violenta. Não existe uma terceira opção.

Cursos sobre a não violência deveriam começar no jardim de infância e na primeira série e daí para frente, assim como é feito com matemática, ciências e português. Por que não com a cultura da paz?

Os alunos estão sedentos para aprenderem sobre a não violência. Eles a entendem e a veem como sendo muito mais do que um ideal nobre, ela é também um kit básico de sobrevivência. Aprender sobre a não violência significa que dedicamos nossos corações, tempo e dinheiro ao compromisso de que a força do amor, a força da verdade, a força da justiça e a força organizada da resistência para corromper o poder são sempre mais eficazes, morais e duradouras do que a força dos punhos, armas, tanques e bombas.

Mesmo assim, ainda resistimos. Theodore Roszak explica: “O padrão comum parece ser que as pessoas dão a não violência duas semanas para resolverem seus problemas e depois decidem que fracassaram. E daí elas continuam com a violência pelos próximos cem anos e parecem nunca falhar ou serem rejeitadas.”.

Os alunos deveriam ter o direito de terem cursos sobre a paz. Vamos não somente dar uma chance para a paz, vamos dar à paz um espaço no currículo escolar.

Estudem bastante. Pensem claramente. Ouçam os outros com atenção. Escrevam com paixão. Sejam da paz.

E lembrem-se deste pensamento de Martin Luther King: “A escolha não é entre a violência e a não violência, mas entre a não violência e a não existência.”

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