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Publicado: Terça-feira, 1 de abril de 2008

Você pode substituir o Vício pela Felicidade

Há muitos anos chama-me a atenção o número de pai de meus pacientes alcoolizados “socialmente”. Em São Paulo há a participação dos happy hours com os aperitivos, destilados e cervejas. No interior os pais encontram-se com os amigos para uma partida de tênis ou futebol, no meio da semana, após o trabalho, e depois, brindam com as caipirinhas e as cervejinhas. E no final de semana o churrasquinho com a família e amigos e lá vão dezenas de latas de cerveja. As pessoas desfrutam de um prazer momentâneo sem pesar as conseqüências futuras.
 
Além do álcool os demais vícios (tabagismo, drogas, gula, maledicência, mentira, agir errado, jogos, lan house, internet, pedofilia, etc.) são a maior chaga moral da humanidade nos tempos atuais, segundo o médico Dr. Fernando Antônio Neves, com formação em Psicologia Transpessoal.
 
O pai que bebe não admite ser um alcoólatra e um aspecto comum entre as mães das crianças, ou seja, a esposa desse bebedor “social”, torna-se resignada ou submete-se a falsas promessas de que “dessa vez vou parar” sempre que elas ameaçam a tomar uma medida mais drástica. Ele utiliza o outro vício, a mentira para que a esposa e os filhos (as) não se afastem dele. E assim esse drama familiar é interminável.
 
As esposas e filhos (as) são infelizes, mas, convivem com eles. As crianças vivem acuadas com medo que o pai pratique alguma violência, ou tome alguma atitude numa reunião social que envergonhe a família.
 
Nós sabemos que segundo, a medicina chinesa, o medo compromete o sistema dos rins, e as crianças adquirem a enurese noturna, incontinência urinária, infecções urinárias e com o tempo, acabam afetando outros setores dos meridianos de energia como o do fígado com a raiva crônica em relação ao pai e com isso sobrevém a insônia. Assim, podem aparecer doenças mais sérias não só na criança como na esposa dessa criatura que desfruta de um falso prazer.
 
Sendo Pediatra e Homeopata, tento equilibrar o emocional das crianças e das mães dando-lhes muito apoio e orientação. Das muitas famílias que tenho conhecimento, nenhuma delas freqüentam alguma associação dos AAs ou ALANOMs. Creio que seja por falta de informação a respeito das associações ou têm receio de se exporem.
 
A pessoa viciada deve tomar uma resolução muito firme de mudar a sua vida para entrar em harmonia com as que o rodeiam. Tentar empatizar-se es dando-lhes muito apoio e orientaçlibrar ue desfruta de falso prazer.ergia como o f com seriedade com as pessoas: Eu estou infeliz e a minha família, o que estão realmente sentindo com um pai desgraçado? Até quando vou levar essa vida?
 
Uma das formas de vencer a tendência inferior seria substituir os prazeres materiais pelos espirituais. Substituir os pensamentos negativos por positivos. Ou simplesmente indagar-se: “o que estou fazendo neste Planeta Terra? Eu vim ao mundo somente para procriar e educar os (as) filhos (as)? O que mais devo fazer para cumprir minha missão nessa existência? O que devo fazer para ser útil à humanidade?” Isso é o início de uma pequena conscientização.
 
Aos que não admitem estarem viciados há 2 tipos de questionário para identificar pessoas com abuso de álcool.
 
O primeiro é o CAGE, criado por Mayfield e colaboradores para pessoas que precisam de ajuda:
> Você já sentiu necessidade de parar de beber?
> Você já se sentiu chateado por pessoas que criticam seu hábito de beber ?
> Você já se sentiu culpado por beber ?
> Você já bebeu álcool de manhã para acordar ?
 
2 Respostas “sim” indica abuso de álcool. Apenas 1 sim pode ser sinal de abuso. O outro teste AUDIT criado por Piccinelli e colaboradores, é o melhor método para a identificação do alcoolismo.
 
1
Com qual freqüência você utiliza bebidas com álcool?
 
(0) nunca    (1) mensalmente ou menos    (2) 2-4 vezes ao mês    (3) 2-3 vezes por semana    (4) 4 ou mais vezes por semana
2
Quantas bebidas alcoólicas você costuma tomar nesses dias?
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