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Publicado: Quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Voa, Botafogo!

Crédito: Reprodução/YouTube Voa, Botafogo!
Carlos Costa, diretor de marketing e sócio da Telexfree, anuncia o acordo entre a empresa e o Botafogo

As mídias sociais foram tomadas esta manhã por um só assunto: o anúncio de que a Telexfree, empresa investigada pelo Ministério Público do Acre por suposto esquema de pirâmide financeira, patrocinará o Botafogo em 2014. Não demorou muito para opiniões em defesa ou criticando a parceria – além de inevitáveis piadas, como o título desse texto (que brinca com o grito de guerra da companhia americana) – aparecessem.

Para muitos, o clube carioca apenas vendeu um espaço publicitário em sua camisa para uma marca que vai pagar – pelo que foi divulgado – bem. Qual o problema nisso? Nenhum, não fosse o que já escrevi antes: a Telexfree está sendo investigada e já causou diversos outros problemas desde que passou a atuar no Brasil.

A Telexfree, para quem não sabe, é uma empresa americana que vende serviços de telefonia VOIP (semelhante ao Skype). Para isso, ela conta com uma grande rede de “divulgadores” – como são chamados os que divulgam a marca e seu produto através de anúncios na internet. Prometendo lucro fácil, a empresa atraiu diversos colaboradores (o que fez o MP cair em cima).

Uma instituição centenária como o Botafogo não pode vincular sua renomada marca com a de uma empresa investigada e que já mostrou não ser flor que se cheire – inúmeros “divulgadores” já entraram na justiça denunciando a Telexfree por não pagar por seus serviços.

O mais curioso disso tudo foi a forma que se deu o acerto de patrocínio: o contrato foi assinado em Miami, nos EUA, já que a empresa está bloqueada no Brasil. Sei não, mas isso está me cheirando lavagem de dinheiro...

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