Viver em Três Mundos

Pensamentos triviais e freqüentes carregam em seu bojo, profundos conceitos e idéias repletos de ensinamentos filosóficos, religiosos. A simples e rotineira consideração dos fatos passados, presentes e futuros nos motivaram assunto para esta crônica ou artigo. Transformam-se, num piscar de olhos em três mundos respectivos que se encontram inseridos em nossas vidas.

Aquele que passou representa o cerne, a estrutura dos outros dois que vem a constituir a vida atual que levamos e que logo se acoplará aos dias futuros. Interessante observar que esses três mundos ou essas três vidas se interpenetram, em outras palavras, a vida presente a cada momento se torna passada e a futura desaparece na presente.

Talvez essa consideração até sirva para compreendermos o mistério da Santíssima Trindade em que Pai, Filho e Espírito Santo são três pessoas distintas, mas um único Deus. Todos vivemos no mundo presente, atual, não em condições de plena felicidade. Tanto é que estamos sempre esperançosos em relação ao futuro e muitos recordam saudosos e sentimentais  tempos passados em que os sonhos eram mais fagueiros, embalados pela maior jovialidade que, então, possuíamos.

Com relação a esses três mundos (ou a esses três tempos, passado, presente e futuro), nada a duvidar, mas acontece, na verdade, surgir um quarto mundo, completamente desconhecido na sua totalidade, mas reconhecido por claríssimos e inexoráveis acontecimentos que podem chegar a nos apavorar, se elemento revelador e esclarecedor não nos for proporcionado.

Esse quarto mundo, todos adivinharam, é o conhecido e para muitos de suma temeridade, simplesmente chamado de OUTRO MUNDO, que a grande maioria finge esquecer ou ignorar, concentrando toda sua “ganância de viver” na realidade que vê e sente pela frente. De maneira que, a grande maioria, influenciada pelas “forças ocultas” dominadoras, e desfibrada pela carência de vida espiritual clama inocuamente para que “o mundo” material, subjugado por toda sorte de crimes, violências, crescentes e assustadoras, apresente melhoras permitindo saudável modus vivendi.

Chegamos à conclusão que o quarto mundo merece a melhor das atenções de nossa parte, pois é o menos conhecido e é aquele que para lá caminhamos, dia após dia. Para ele se destinam pessoas de todas as idades, mas é de indestrutível lógica que pessoas idosas se encontram mais próximas de o adentrarem com antecedência.

Devemos, porém, nos encontrar tranqüilos, pois a religião que vige no Brasil desde sua descoberta em 1.500, vem nos ensinando sobre a maneira de viver esta vida sem nos esquecer de que também precisamos nos cuidar para sermos felizes no outro mundo. Aqui reaparece a absoluta necessidade da fé que é o fundamento dos princípios religiosos cristãos. Ninguém alcançará a bem-aventurança eterna, sem que tenha primeiramente o conhecimento da fé, pois está escrito: bem- aventurados os que não viram e creram. (Jo. 20/29).