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Publicado: Sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Viajar é preciso, viver mais ainda

Viajar é preciso, viver mais ainda
Infelizmente, não é possível prever o que acontece

O próprio ato de viver é uma atividade de alto risco, mas nem por isso as pessoas costumam abandonar o barco antes da hora.

Se sair de casa em viagem de férias está se tornando cada dia mais uma caixinha de surpresas, o que dizer de quem faz disso parte da rotina profissional? Ninguém garante que ao chegar a um destino um vulcão não espalhará cinzas no ar por dias seguidos que interromperão o trafego aéreo como aconteceu neste ano, na Europa. Ou que um terremoto irá sacudir o país e alterar qualquer plano de negócios a exemplo do ocorrido no Chile. Ou ainda se ver no meio de uma revolução, greve ou epidemia, só para citar alguns fatores externos incontroláveis que afetam a vida do viajante a trabalho.

Infelizmente, não é possível prever o que acontecerá no futuro. Dessa forma, o simples fato de estar em um aeroporto, avião ou hotel no dia e hora erradas pode ser fatal. Ou, ao contrário, como em uma loteria, pode se transformar em uma sorte armada pelo destino. O próprio ato de viver é uma atividade de alto risco, mas nem por isso as pessoas costumam abandonar o barco antes da hora.

Assim, seja vivendo ou viajando, todo cuidado é pouco. Para minimizar eventuais problemas, com a ajuda inestimável da gestora de viagens corporativas Eliane Martins, veja no quadro abaixo algumas recomendações.

Dicas de segurança valiosas:

Procure saber o máximo sobre o destino ao qual você se dirige, especialmente quando se trata de viagem internacional;

Tire cópia de documentos importantes (passaporte, carteira de identidade e visto), o que será muito valioso em caso de roubo;

Verifique todas as vacinas requeridas para o local e a validade, não esquecendo que algumas só têm efeito dias depois de aplicadas;

Vista-se adequadamente e seja discreto. Procure respeitar os hábitos locais, evitando chamar a atenção ou ofender a cultura do local onde está;

Demonstre confiança e jamais ostente riqueza;

Não saque dinheiro em caixas eletrônicos à noite ou locais sem movimento, nem conte dinheiro em público;

Por garantia, leve sempre no bolso mais de um cartão de crédito, assim como uma carta de seguro viagem;

Leve sempre o telefone celular com você;

Nunca deixe a bagagem desacompanhada;

Procure usar apenas taxis de empresas recomendadas;

Guarde itens de valor no cofre do hotel e tranque sempre a porta do quarto;

Se for vítima de assalto ou agressão, não banque o herói. Proteja primeiro sua integridade física e depois os bens;

Se for ameaçado com uma arma, faça imediatamente o que o criminoso mandar. Tente manter a calma e não entre em pânico. Dê ao agressor a sensação que ele está no comando da situação. Lembre que o agressor está nervoso e provavelmente sob efeito de drogas. Não faça contato visual direto;

Se abordado em veículo, fale ao assaltante o que vai fazer. Evite movimentos bruscos, com as mãos sempre à vista. Se ele disser para sair do carro, não fique na frente da porta e ceda espaço para que ele possa entrar no veículo;

Coopere com o agressor, e não faça menção de correr. Não resista e concorde com todas as exigências;

Guarde o maior número de detalhes possível, como a descrição do agressor, roupas, veículo, para transmitir à polícia.

*Este texto foi publicado no dia 28 de outubro, no Diário do Comércio da Associação Comercial de São Paulo. O artigo se encontra na coluna de Fábio Steinberg “Viagens de negócios”.

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