Viajar é preciso, viver mais ainda
O próprio ato de viver é uma atividade de alto risco, mas nem por isso as pessoas costumam abandonar o barco antes da hora.
Se sair de casa em viagem de férias está se tornando cada dia mais uma caixinha de surpresas, o que dizer de quem faz disso parte da rotina profissional? Ninguém garante que ao chegar a um destino um vulcão não espalhará cinzas no ar por dias seguidos que interromperão o trafego aéreo como aconteceu neste ano, na Europa. Ou que um terremoto irá sacudir o país e alterar qualquer plano de negócios a exemplo do ocorrido no Chile. Ou ainda se ver no meio de uma revolução, greve ou epidemia, só para citar alguns fatores externos incontroláveis que afetam a vida do viajante a trabalho.
Infelizmente, não é possível prever o que acontecerá no futuro. Dessa forma, o simples fato de estar em um aeroporto, avião ou hotel no dia e hora erradas pode ser fatal. Ou, ao contrário, como em uma loteria, pode se transformar em uma sorte armada pelo destino. O próprio ato de viver é uma atividade de alto risco, mas nem por isso as pessoas costumam abandonar o barco antes da hora.
Assim, seja vivendo ou viajando, todo cuidado é pouco. Para minimizar eventuais problemas, com a ajuda inestimável da gestora de viagens corporativas Eliane Martins, veja no quadro abaixo algumas recomendações.
Dicas de segurança valiosas:
Procure saber o máximo sobre o destino ao qual você se dirige, especialmente quando se trata de viagem internacional;
Tire cópia de documentos importantes (passaporte, carteira de identidade e visto), o que será muito valioso em caso de roubo;
Verifique todas as vacinas requeridas para o local e a validade, não esquecendo que algumas só têm efeito dias depois de aplicadas;
Vista-se adequadamente e seja discreto. Procure respeitar os hábitos locais, evitando chamar a atenção ou ofender a cultura do local onde está;
Demonstre confiança e jamais ostente riqueza;
Não saque dinheiro em caixas eletrônicos à noite ou locais sem movimento, nem conte dinheiro em público;
Por garantia, leve sempre no bolso mais de um cartão de crédito, assim como uma carta de seguro viagem;
Leve sempre o telefone celular com você;
Nunca deixe a bagagem desacompanhada;
Procure usar apenas taxis de empresas recomendadas;
Guarde itens de valor no cofre do hotel e tranque sempre a porta do quarto;
Se for vítima de assalto ou agressão, não banque o herói. Proteja primeiro sua integridade física e depois os bens;
Se for ameaçado com uma arma, faça imediatamente o que o criminoso mandar. Tente manter a calma e não entre em pânico. Dê ao agressor a sensação que ele está no comando da situação. Lembre que o agressor está nervoso e provavelmente sob efeito de drogas. Não faça contato visual direto;
Se abordado em veículo, fale ao assaltante o que vai fazer. Evite movimentos bruscos, com as mãos sempre à vista. Se ele disser para sair do carro, não fique na frente da porta e ceda espaço para que ele possa entrar no veículo;
Coopere com o agressor, e não faça menção de correr. Não resista e concorde com todas as exigências;
Guarde o maior número de detalhes possível, como a descrição do agressor, roupas, veículo, para transmitir à polícia.
*Este texto foi publicado no dia 28 de outubro, no Diário do Comércio da Associação Comercial de São Paulo. O artigo se encontra na coluna de Fábio Steinberg “Viagens de negócios”.