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Publicado: Sábado, 8 de novembro de 2008

Variações Comportamentais

A vida é dinâmica. Não para. Acontece que a racionalidade humana não deixa de criar coisas diferentes e a variação é constante, tudo naturalmente, objetivando maior conforto e satisfação. Mas existem certas leis, principalmente as decorrentes da própria natureza que de forma alguma podem ser violadas, sob pena de graves ou mortais conseqüências, como a lei da gravidade: ninguém pode pular de uma ponte, prédio ou viaduto e sair incólume.
 
As leis morais oriundas do direito natural e sufragadas pelas religiões (o Decálogo das religiões cristãs) precisam ser respeitadas da melhor forma, sob pena dos mais estranhos acontecimentos.
        
Uma das atitudes comportamentais mais importantes das últimas décadas que foram alteradas, diz respeito ao início da vida sexual. Todos sabem que o sexo se destina à reprodução da vida e tem itinerário como o próprio ser humano: nascimento, desenvolvimento e morte. A vida sexual deve ter início, portanto, não precocemente, como vem acontecendo, sim, quando os seres humanos devidamente desenvolvidos, se encontrem com as mínimas disposições para constituírem nova família.
 
No apogeu do catolicismo no Brasil (1930- 1960), os jovens procuravam guardar a castidade, na expectativa do casamento, sendo que os mais afoitos ou impetuosos, não dispostos a seguir essa regra, partiam para encontros secretos, geralmente freqüentando casas de prostituição, as chamadas “zonas” do meretrício.
 
Tal situação era “tolerada”, não aceita como boa, os seus partícipes tendo plena consciência da própria imoralidade. Entendo que esse foi o período áureo da vida social brasileira porque, inobstante o progresso econômico estivesse apenas se iniciando, notava-se a paz nas cidades e nos campos e o povo poderia se considerar feliz.
                           
A modernidade que surgiu depois, sobretudo com o advento da televisão, levando para dentro dos lares toda a lama do mundo, enrolada no celofane colorido da ficção, meio século depois, exibe sem pudor e com ufania os estragos que causou: lares destroçados com a implantação do divórcio, vida sexual precoce ensejando o vício das drogas e a horripilante violência!
 
Não há como justificar essa variação comportamental, mas os arautos da dissolução, empunhando sem pejo as bandeirinhas luciferinas, propugnam que essa modernidade é superior a tudo, deve ser preservada e mantida face à vida social, real, positiva e laica!
 
Querem instalar vida material totalmente independente de Deus e com isso todos os males continuarão a existir e a se intensificar, pois não será um simples “querer humano” que fará desaparecer o Supremo e Eterno Ser.
 
As variações comportamentais são inúmeras. Não devem ser, porém, relativizadas, salvo as inócuas e desde que não firam os princípios fundamentais da moralidade cristã.
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