Colunistas

Publicado: Sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Vantagens do Carnaval

O Carnaval só é vantajoso para quem lucra com o abundante turismo, em maior ou menor escala ou aproveita para descansar, fugindo da rotina diária. Como festa popular, em que pesem as abundantes e exageradas promoções efetuadas pela mídia, não pode servir de parâmetro, data vênia, como momentos de inigualável alegria e felicidade.
 
Em meados do século passado- existe pequena quantidade de idosos que podem comprovar a afirmação- o Carnaval poderia ser reconhecido pelas serpentinas, confetes, lança-perfumes que, nos corsos, desfiles e nos salões dos clubes, simbolizavam festividades, alegrias, delicados prazeres de convivência mais próxima, sem impedientes pudores.
 
Nos tempos atuais, o paternalista governo, escrachando com as manifestações respeitosas e de discreto pudor ainda existente, escangalha a festa tida como popular, distribuindo à torto e à direito, milhões de camisinhas, como que concluindo que as brincadeiras carnavalescas devem terminar em sexo, mas sexo seguro!(E o católico presidente Lula, que não espanta mais ninguém com insólitas atitudes, aparece na TV exibindo em uma das mãos nada mais do que a indispensável e milagrosa camisinha!).
 
Não pretendemos aprofundar o assunto e causar polêmica com os avançados defensores da livre sexualidade, que consideram anacrônica, retrógrada, rançosa, moralista, opiniões como a que sustentamos. O tema continuará conturbado por muitos e muitos anos, razão pela qual será melhor o colocarmos num freezer de longeva conservação, onde glutões apreciadores de pratos especiais e controversos, talvez, algum dia, o venham saborear devidamente.
 
O que pretendo dizer, como relato singelo, é que apreciei com eufórico entusiasmo, o Carnaval deste ano, simplesmente porque os sons altíssimos das baladas próximas à minha residência, como que por milagre desapareceram! É que essa turma se deslocou para bem longe, talvez para se situarem mais próximos dos desfiles ou das festividades localizadas.
 
Cristãos e católicos não podem mesmo gostar dessas folias, embora muitos inocentes e excessivamente ingênuos, entendam que possa haver participação bem intencionada, desde que haja controle dos excessos ou exageros. Essa tática de infiltração (no meio de comunistas ou de drogados, por exemplo) como método de evangelização (apostolado, nos velhos tempos) é temerária e tende a fracassar, porque hábitos não mudam num fechar e piscar de olhos.
 
Encontrámo-nos, portanto, não apenas em período de crises financeiras, mas de alterações comportamentais de todos os tipos, inclusive como se constatou com o episódio de jovem brasileira na Suíça, se automutilando possivelmente para fins de enriquecimento ilícito.
Comentários