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Publicado: Segunda-feira, 10 de junho de 2013

Uma seleção sem cara de seleção

Crédito: Revista Veja/Ivan Pacheco Uma seleção sem cara de seleção
Neymar: coadjuvante na seleção brasileira

Dia 15 de junho a bola começa a rolar nos novos e superfaturados estádios brasileiros para a Copa das Confederações. O Brasil encara o Japão – curiosamente as únicas seleções já classificadas para a Copa do Mundo de 2014 – no estádio “Mané Garrincha”, em Brasília. Antes da estreia na competição, a seleção brasileira fez dois amistosos (contra Inglaterra e França) e mostrou, mais uma vez, que não tem cara de seleção brasileira.

Talvez eu esteja mal acostumado. Cresci vendo uma seleção forte, com Ronaldo, Romário, Ronaldinho Gaúcho, Dunga, Taffarel, Adriano, Robinho, Edmundo... Enfim, grandes craques no auge de suas carreiras. Hoje, vestem a amarelinha jogadores sem prestígio até mesmo em seus respectivos times. Não dá mais vontade de assistir aos jogos da atual seleção brasileira, burocrática como os times europeus. Falta a ginga, a malemolência tradicional.

Quando Felipão assumiu o posto de treinador da seleção, grande parte da mídia apostava no discurso de união, na volta da “Família Scolari”, mas o que se tem visto é um time bagunçado e desconexo. O técnico ainda não acertou o esquema ideal – e resta pouco mais de um ano para o início da Copa do Mundo em nossos territórios. Além disso, os grandes jogadores do país não rendem na seleção. É o caso de Neymar, que não mostra seu melhor futebol com a camisa do Brasil faz tempo.

Sem apresentar um bom futebol, essa seleção atrai apenas a antipatia do povo brasileiro – que também está de “saco cheio” com as notícias de obras atrasadas e superfaturadas para o mundial. Hoje, nosso time pode ser considerado uma zebra. O fator “mando de jogo” não fará diferença, já que a torcida não vê nesse time uma seleção com cara de seleção.

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