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Publicado: Sexta-feira, 10 de maio de 2013

Uma associação conectada ao mundo

Crédito: Gabriella Fabbri Uma associação conectada ao mundo

A mensagem é clara: a ACTE (American Corporate Travel Association) investe cada vez mais em sua internacionalização, pois acredita que as viagens corporativas viabilizam a expansão do comércio, trazendo crescimento e estabilidade às nações. Esta filosofia permeou a conferência educacional da associação realizada em New York entre 21 e 23 de abril, que contou com 800 participantes de 28 países. "Esse evento é apenas um dos que promovemos também na Ásia, Américas Latina e do Sul, e Austrália, pois queremos reduzir o tempo gasto em viagens e proporcionar maior foco na cultura local", explica Greeley Koch, diretor executivo da associação. Com importante contribuição à indústria, há 15 anos voluntário na organização, ele assumiu a posição atual em dezembro de 2012.

Durante o encontro, três questões básicas permearam os 30 seminários e apresentações. A primeira foi encontrar novos métodos que assegurem o cumprimento das políticas de viagens. A segunda foi, a exemplo dos tickets aéreos, hotéis e aluguel de carro, buscar formas de reduzir custos em despesas secundárias, como refeições, táxis, celulares etc. Já a terceira foi avaliar novas tecnologias da indústria de viagens corporativas voltadas para smartphones. "São questões como estas que tornam as conferências da ACTE tão diferenciadas, pois criamos uma agenda sem tentar influenciar as conclusões", comenta Greeley.

Mais que processos, tecnologias e debates sobre a operação, há hoje uma nítida tendência da ACTE em oferecer ao participante uma visão mais abrangente do seu campo de atuação, mudança nas carreiras e crescimento pessoal. A agenda da última reunião reflete isto em temas como o comportamento das pessoas no ambiente de trabalho, ou proporcionar um raio X do cenário externo. Durante as sessões, especialistas cobriram desde prognósticos sobre a economia mundial até assuntos como gestão da mudança ou formação de hábitos.

Depois de duas décadas de debates, os participantes concluíram que tanto a redução de custos como a obediência às normas ainda continuam como questões prioritárias. Por isto, é preciso mudar a maneira de enfrentar ambas as situações através da percepção do viajante sobre o verdadeiro papel do gestor de viagens. "Ao viabilizar condições e alavancar a produtividade do viajante para que vendas e trocas comerciais possam ocorrer a contento, o gestor de viagens ajuda a empresa a gerar renda".

De forma elegante, Greeley foge à inevitável comparação da ACTE com sua gigantesca concorrente, a GBTA (Global Business Travel Association). Mas deixa pistas sobre as distintas abordagens. Por exemplo, a ACTE não faz distinção entre categorias de associados, seja comprador, consultor ou fornecedor. Além disso, dá a mesma importância às diferenças culturais tanto entre países como às existentes entre as corporações. "Sempre nos consideramos fonte de pesquisa para profissionais internacionais, pois o comércio global é a base da estabilidade e do crescimento". Para ele, o Brasil não é exceção: "Nosso relacionamento com a ALAGEV continua a se fortalecer".


*Este texto foi publicado originalmente na coluna Viagens de Negócio, de Fábio Steinberg, no dia 08de maio de 2013, no Diário do Comércio da Associação Comercial de São Paulo.

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