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Publicado: Sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Um tapinha não dói?

A Rede Record de Televisão é uma das emissoras cujos apresentadores de noticiários policiais e até os apresentadores de programa de variedades tem algo em comum: são a favor do rebaixamento da idade penal. Mesmo sabendo que apenas um por cento dos crimes violentos são cometidos por menores sozinhos. Um ódio pedófobo com mais rigor contra aluno de escola pública.

Diferente de outras emissoras que tem um ou outro apresentador com essa ferocidade contra aluno de escola pública e criança pobre de modo geral.

A Ana Paulo Padrão do Jornal da Record, contra a proibição da palmada em criança, sai com essa pérola.
O que tem o legislador a ver com isso? 

Tudo, dona Ana Paula Padrão. Se os pais podem decidir pela palmada para educar, o marido também pode usar um tapa na cara da mulher ao se sentir contrariado?

Um patrão então pode dar um tapinha de nada na cara do empregado se ele não fizer certo o serviço?

Professora então, é para educar ela pode dar um tapinha no aluno de creche para educar?

Se for um aluno do ensino fundamental, vale a palmatória?

Animal não pode, criança pode?

Se é certo que quem aprende apanhando vai ensinar batendo, sendo família pode?

Em exaustivas e repetitivas pesquisas se descobriu que um pai espancador, foi espancado quando criança.

O meu espanto é por ser o comentário de uma mulher, a Ana Paula Padrão, se fosse do seu parceiro homem, não me incomodaria tanto.

Reconheço assim com tristeza que as mães são as que educam os homens para serem espancadores amanhã.

Lembro até a musiquinha bem popular, onde a dançarina bundalelê, pede o tapinha. Alega que um tapinha não dói.Um tapinha hoje e um soco amanhã e a estatística de mulheres morta por maridos violentos vão crescendo.

Daí a mulher recorre a Lei Maria da Penha.

Hora das mulheres repudiarem esses comentários da Record, incluindo suas apresentadoras mulheres.
Com mulheres assim, fica difícil sonhar com uma cultura de paz para o Brasil.

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