Colunistas

Publicado: Segunda-feira, 29 de agosto de 2005

Um sentir mais elevado

“Já não sou eu quem vive, mas Cristo que vive em mim” (São Paulo)

Seja quem for,
realidade ou factor,
Seja ateu, crente ou actor,
Sem da bondade alijar-se
ou da verdade fugir,
Sentindo na imensidade
o amor, e a iniqüidade,
drama e dualidade,
Sem deixar também de amar-se
Nem temer fera a rugir,
No manso ou agreste campo,
Sendo arguto, agudo, afável,
No mesmo campo ou cidade,
qualquer que seja quem seja,
alguém de ação bem-fazeja,
de vocação transcendente,
que sinta profundamente
Em lucidez permanente,
Com coração nunca ausente
A sentir perfeitamente,
Sem agir profanamente
A rir-se de toda a gente,
Sem à vida fazer frente
Com arrogância na mente,
Nem em truques ou com finta,
Sabendo que o sangue tinta
A pele sempre bendita
De quem se joga por dita,
Mas que em Amor ou na dor,
Jamais se negue ou se minta.

Comentários