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Publicado: Quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Um Imposto na Carne (Horário de Verão)

Não bastasse a sobrecarga de imposto que pesa sobre o bolso dos brasileiros (está ai o impostômetro registrando a carga tributária, cerca de um trilhão de reais em 7/10/11), o governo reserva o final do ano (a partir da 2ª quinzena de outubro) para impingir um outro, agora na própria carne da  população, testando a paciência,a subserviência e saúde, não de parcela mas de todos, inclusive crianças, idosos, enfermos e não enfermos.

Ao se adiantar todos os relógios de uma hora, aqueles que não o fizerem no mínimo estarão perdendo suas conduções, chegando atrasados ou faltando em seus empregos, etc. etc. Transtornos inúmeros ocorrerão, exigindo nova hora para remédios, refeições, horários de repousos, inclusive noturnos, etc.

Vê-se que a preocupação principal do governo é a financeira, não a saúde ou o bem estar dos seus governados, pois para economizar mixaria de energia (favorece apenas as empresas de eletricidade), o povão subserviente que se dane com mais essaimposição.

Encontrei no Correio Popular de 4/10/2011 aval do governador da Bahia, às considerações que teço: “Jaques Wagner anunciou ontem que o Estado vai aderir ao horário de verão a partir de 16 de outubro... Com a adesão ao horário de verão o governo atendeu reivindicação do empresariado baiano... Entidades que reúnem industriais e comerciantes alegam que a diferença nos relógios dificulta a vida de empresas que tem negócios com o restante do país e causa transtornos em transações bancárias, da bolsa de valores ou de câmbio. Peço desculpa a quem discorda, mas a decisão foi tomada depois de muita consulta.”

Nessa ordem de idéias, se surgir outra maluca e semelhante como cortar a água, ou a luz, por uma hora, todos os dias ou noites, veríamos mais uma vez que “os administradores” não estariam nem um pouco interessados em trazer ou motivar satisfação para os seus administrados.

Aliás, se pensassem em trazer “migalhas” de felicidade para os viventes das cidades e dos campos cogitariam de retirar impostos embutidos nos preços da gasolina, dos alimentos, etc., inclusive da própria energia elétrica (aquela “ajudazinha” compulsória e provisória havida para a construção das usinas, etc.).

A sanha arrecadatória é tão grande que mentes cerebrinas cogitam de criar outro imposto para a saúde que alguém mui oportunista (a tempos atrás) surrupiou a idéia do imposto único para criar a odiosa e famigerada CPMF de  triste memória. Outra boa notícia para cidadãos e cidadãs seria a abolição senão do tributo ao menos da declaração do detestável imposto de renda.

Esse pode ser considerado o mais escabroso dos impostos que azucrina o psíquico dos brasileiros com sua publicidade desde o começo de fevereiro a fins de abril (naturalmente colaborando para o incremento das clínicas psiquiátricas). O “gentil” governo já o recolhe na fonte (o descontando de todos os salários e operações financeiras) e faz questão de obrigar o pobre do governado sofrer ainda mais, recordando todas as misérias de que foi vítima, com declaração por escrito, Xerox dos documentos etc. ...   

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