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Publicado: Quinta-feira, 13 de março de 2014

Um Ano de Francisco

Crédito: Internet Um Ano de Francisco
Francisco quer é uma reforma de posturas e mentalidades.

Há um ano o cardeal Bergoglio foi eleito para a grandiosa missão de ser o chefe máximo da Igreja Católica Apostólica Romana. Com humildade, declarou que Deus o havia tirado do “fim do mundo” para conduzir o rebanho de Cristo. Desde então muita coisa aconteceu. Parece até que faz mais de um ano.

Conhecido pela simplicidade com a qual exercia suas funções como cardeal arcebispo de Buenos Aires, o argentino conquistou logo simpatia em nível global. Os fiéis, a mídia e até mesmo os anti-religião demonstraram uma boa vontade tremenda com o primeiro Papa latino-americano.

Adotando a austeridade como marca primeira de seu pontificado, Francisco conquistou os que ainda pensam ser a Igreja valiosa pelos bens que detém. Na verdade, o tesouro da Igreja é o serviço: aos pobres, aos desvalidos, aos injustiçados, aos necessitados em geral.

Recusando-se a residir no Palácio Pontifício, pagando do bolso a conta do hotel, pegando carona num micro-ônibus ou leiloando carros parados nas garagens vaticanas, o Papa sinalizou que na Igreja do século 22 não haverá lugar para príncipes: o pastor deve ter cheiro de ovelha (de povo), as religiosas devem ser como mães amorosas e não como tias solteironas rabugentas.

Os católicos que acompanham os passos desse Papa moderno (tem twitter, facebook, etc.), lendo diariamente suas mensagens e aplicando-as de modo prático no modo como vivem a fé em suas comunidades, já sabem qual é a proposta. E, como sempre, há quem distorça as palavras do Santo Padre querendo moldar seus discursos a seu bel-prazer.

Criou-se uma moda em torno da figura de Francisco e ele mesmo demonstrou preocupação quanto a uma mitologia em torno de sua pessoa. O risco é grudar à imagem do Papa as qualidades de um Papa bonachão, sempre bonzinho e sorridente, que tudo aceita sem maiores reflexões ou conseqüências.

Os “entendidos” sobre a Igreja Católica (aqueles que nem rezam o Terço do Rosário mas julgam ter soluções mágicas para nossas questões doutrinais e de evangelização) precisam compreender na verdade qual é a verdadeira missão do Papa Francisco.

Os modernistas revolucionários de plantão podem retirar o filhote de eqüino da perturbação pluviométrica: Francisco jamais mudará um pingo da Doutrina católica. Nunca aceitará o aborto, a eutanásia, a união entre pessoas do mesmo sexo, a ordenação de sacerdotisas e outras bizarras propostas.

A reforma que este Papa pretende, e vem realizando, é interna. É uma reforma de mentalidade, de mudança da postura dos católicos em torno da própria fé e de como a relacionam com o mundo moderno.

É uma reforma de fundo, muito mais importante. De certo modo é preciso voltar às origens e resgatar a simplicidade, principalmente através do diálogo e da caridade, que sempre foram marca desta que é a instituição humana mais antiga do mundo.

Podemos esperar muitas coisas boas do pontificado do Papa Francisco, mas não me venham com churumelas: ele seguirá criteriosamente todos os mandamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, por mais difícil que seja sua missão de liderar a Igreja Católica nestes tempos de velada perseguição religiosa.

Amém.

 

 

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