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Publicado: Sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Ultimas da Economia

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A inflação medida pela variação mensal do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alcançou 0,53% em setembro, após registrar 0,37% em agosto. Assim, a inflação acumulada em doze meses até setembro alcançou 7,31% (7,23% em agosto), 2,61 pontos percentuais (p.p.) acima da observada em igual período de 2010. O aumento da inflação nesse período reflete tanto o comportamento dos preços livres, que variaram 7,79% (5,17% em doze meses até setembro de 2010), quanto o dos preços administrados, que se elevaram em 6,17% (3,58% no mesmo período de 2010). 

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou inflação de 0,75% em setembro, após avançar 0,61% em agosto. No acumulado em doze meses até setembro, a variação desse índice alcançou 7,45%, 0,50 p.p. aquém da registrada em setembro de 2010. Nesse critério, o índice vem desacelerando desde dezembro de 2010, quando registrou variação de 11,30%. O principal componente do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), variou 7,52% em doze meses até setembro, refletindo alta de 5,30% no IPA industrial e de 14,22% no IPA agrícola. Na desagregação, segundo o estágio da produção, observou-se variação acumulada de 14,80% nos preços de matérias-primas brutas, de 4,79% nos preços de bens intermediários e de 4,64% nos preços de bens finais, na mesma base de comparação. Já a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), outro componente do IGP-DI, registrou alta de 7,13% no acumulado em doze meses até setembro, superior aos 4,36% registrados em 2010. Na mesma base de comparação, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), componente de menor peso no IGP‑DI, variou 7,68%. Já o Índice de Preços ao Produtor/Indústria de Transformação (IPP/IT), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mede o nível de preços na indústria excluindo o valor de fretes e impostos, registrou inflação de 0,20% em agosto, depois de elevação de 0,03% em julho. Em doze meses, a variação desse índice recuou para 4,28% em agosto, de 4,83% em julho.

O IBGE divulgou informações sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2011. Os dados mostram expansão de 3,1% da atividade na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, e de 0,8% ante o primeiro trimestre, segundo dados dessazonalizados. Dessa forma, o PIB acumulado nos últimos quatro trimestres apresentou crescimento de 4,7% em relação aos quatro trimestres anteriores. Do ponto de vista da oferta agregada, houve desaceleração nos três ramos de atividade no segundo trimestre. O setor de serviços cresceu 3,4% (4,0% no primeiro trimestre), na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Na indústria, a taxa de expansão no segundo trimestre recuou para 1,7% (3,5% no trimestre anterior), enquanto na agropecuária o crescimento foi nulo, após alta de 3,1% no primeiro trimestre. Sob a ótica da demanda agregada, houve expansão de 5,5% no consumo das famílias, de 2,5% no consumo do governo, e de 5,9% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), em relação ao segundo trimestre de 2010. Ao mesmo tempo, as importações registraram crescimento de 14,6% e as exportações de 6,0%, na mesma base de comparação.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) incorpora estimativa para a produção mensal dos três setores da economia, bem como para os impostos sobre produtos e, portanto, constitui importante indicador coincidente da atividade econômica. Considerando os dados ajustados sazonalmente, o IBC-Br recuou 0,5% em agosto, após avanço de 0,3% em julho e queda de 0,3% em junho. Dessa forma, a taxa de crescimento trimestral entre junho e agosto ficou em -0,2%. Em relação ao período junho-agosto de 2010, houve crescimento de 2,5%. Já a taxa de crescimento acumulada em doze meses passou de 4,4% em julho, para 4,0% em agosto e desde dezembro de 2010 vem moderando. O Índice de Confiança de Serviços (ICS), da Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 0,4% em setembro, após cair 1,3% em agosto. Dessa forma, o nível do indicador ficou 2,3% abaixo do valor de setembro de 2010 e 1,7% abaixo do nível médio de 2010.

A atividade fabril recuou 0,2% em agosto, de acordo com a série da produção industrial geral dessazonalizada pelo IBGE, após ligeiro avanço de 0,3% em julho e recuo de 1,2% em junho. De acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o faturamento da indústria de transformação registrou crescimento real de 6,7% no período de doze meses até agosto, enquanto o número de horas trabalhadas cresceu 1,9%.

Entre as categorias de uso da indústria, segundo dados dessazonalidados pelo IBGE, houve avanço de 0,9% na produção de bens de capital em agosto, e recuos de 2,9% na de bens de consumo duráveis, de 0,8% na de bens de consumo não duráveis e semiduráveis e de 0,2% na de bens intermediários. No acumulado em doze meses até agosto, a produção de bens intermediários registrou expansão de 1,9%; a de bens de consumo duráveis, de 1,5%; e a de bens não duráveis e semiduráveis, de 1,3%. Na mesma base de comparação, o crescimento da atividade da indústria de bens de capital foi o maior entre todas as categorias de uso, com expansão de 6,8%.

A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas cobertas pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), sem ajuste sazonal, permaneceu inalterada em agosto, em 6,0% (ante 6,7% registrados em agosto de 2010). Após registrar 9,0% em março de 2009, a taxa observada recuou significativamente e atingiu o mínimo histórico para agosto, na série iniciada em março de 2002. Já a taxa de desocupação dessazonalizada ficou estável em 5,9% em agosto. O emprego – medido pelo número de ocupados nas seis maiores regiões metropolitanas – aumentou 2,2% em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, depois de haver expandido 2,1% em julho. Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) indicam que houve criação de 209,1 mil postos de trabalho em setembro (246,9 mil em setembro de 2010), com expansão do número de empregos formais em sete dos oito setores de atividade econômica. Os que mais contribuíram para o aumento do número de empregos formais no mês foram o de serviços e o da indústria de transformação.

De acordo com dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE, o volume de vendas do comércio ampli

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