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Publicado: Terça-feira, 1 de junho de 2010

Trindade, Una e Santa

Domingo, 30 de maio.

Ano “C”, de Lucas, embora a liturgia contemple, para o dia de hoje, o evangelho segundo João .

Capítulo 16, 12-15.

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“” Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:

“Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. Quando, porém, vier o Espírito da verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso disse que o que  ele receberá e vos anunciará é meu”.  “”

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Celebra a Igreja, com a pompa e júbilo dignos dessa data, a festa da Santíssima Trindade.

Se dada atenção aos evangelhos das últimas semanas, vai-se notar até uma referência repetida e repisada a respeito do dogma de fé, do mistério da Santíssima Trindade, um Deus uno e trino ao mesmo tempo. Indivisível.

Percepção dos fiéis, exatamente e somente pelo dom da fé, por impossível ao ser humano compreender a aparente contradição de que haja três pessoas num só Deus.

Do texto de hoje propriamente dito, outra aparência. Aparência apenas, frise-se bem, porque faria supor aos menos avisados de que Jesus prorrompe numa linguagem autoritária e prepotente, de dizer que tudo é dele.

Mera forma de falar.

O pronome pessoal “meu” ressoa no trecho várias vezes.

E, sem bem compreendida a expressão neste contexto, o “meu” tem tom forte justamente para falar de Deus Pai e Deus Espírito Santo e dele próprio, Jesus, - Deus, - como realmente se completam e se enfeixam num Deus único.

Em linha devocional e respeitosa, por exemplo, reverencia-se a Deus também sob a invocação de Pai Eterno.

Também aqui a Igreja que é Mestra, há de cuidar para que essa forma de invocação que começa a se difundir, (veja-se na televisão, em canal católico) não conduza a que pessoas de menor informação comecem a privilegiar este enfoque invocativo – Pai Eterno – como ente superior e distinto de Jesus e do Espírito Santo.

Acabaria assim por gerar a maior confusão no povo católico brasileiro, de si mesmo, com tão tênue formação religiosa.

Sim, glorifiquemos a Deus, Pai Eterno, plenamente integrado na verdade teológica da Trindade Santa, ainda que tal mistério escape à extrema limitação da mente humana.

Mas que se aceita confortavelmente pela fé fortificada com a graça.

Proclame-se a glória, louvor e adoração à Santíssima Trindade, - Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

Nosso Deus e Senhor.

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