Colunistas

Publicado: Segunda-feira, 30 de abril de 2018

Três fios de cabelo

Esta história não é minha. Minha somente a maneira de contar. Narrada por um casal amigo que enfrentou as viscitudes da vida com a força do Espírito Santo.

“Em março de 1995 foi diagnosticado câncer de mama em minha querida esposa Mara. Na manhã do dia três de abril de 1995 estávamos num quarto de hospital aguardando o horário da cirurgia. Juntos rezamos pedindo a Deus para que tudo corresse bem.

Não perguntamos POR QUE o câncer veio nos visitar, mas procuramos entender PARA QUE a doença estivesse fazendo parte de nossas vidas. Sabemos que Deus tem para nós um plano de amor, de felicidade.

E por que então esse sofrimento?

As provações fazem parte desse plano.

Assim são as doenças, os sofrimentos pelos quais todos nós passamos.

O ano de 1995 foi muito difícil para nós, após a mastectomia, seguiram-se os tratamentos de quimioterapia e radioterapia.

Os anos de 1996 e 1997 passaram sem que a doença se manifestasse. Em janeiro de 1998 ela novamente bateu à nossa porta, na forma de uma metástase no pulmão. Sofremos muito como da primeira vez. E, novamente, nos agarramos a Deus pela oração.

A Mara teve que passar novamente pelos tratamentos o que a deixou bastante debilitada. Para animá-la levamo-la para descansar num sítio. Um lugar lindo com um riacho que desce da montanha com suas águas claras e límpidas.

Vez ou outra assistíamos o sol nascer e a rica apoteose do por do sol.

Conversávamos muito, trocávamos carinho... Como consequência da quimioterapia, seus cabelos caíram e, eu estava acariciando sua cabeça, tirando uns fiozinhos aqui e ali. Coloquei aleatoriamente, três fios cabelo no livro de meditação que eu estava lendo, assim como um marcador de página.

Mais tarde abrimos o livro e procuramos os três fios de cabelo e lemos o que o texto nos dizia: “Mulher, você está livre da sua doença. Colocarei em vocês o meu espírito e vocês viverão!”.

Ah Deus e suas delicadezas! Criamos  uma nova esperança. Claro que como humanos que somos, vez por outra ainda nos vemos tristes e abatidos...

O que dizer? Como consolá-la?

Deixemo-nos levar pelo amor do Pai no colo de Maria.”


Ditinha Schanoski

Comentários