The Blacklist

Série estreante do Canal Sony, The Blacklist já começa empolgando em seu primeiro episódio. Com pitadas de Homeland, 24 Horas e Criminal Minds, o drama criado por Jon Bokenkamp promete ser uma das melhores séries desse segundo semestre. Além da trama bem desenvolvida, The Blacklist conta com um grande trunfo: James Spader, três vezes vencedor do Emmy, na pele do misterioso e excêntrico criminoso Red Reddington.

Logo no início do episódio podemos conferir a magistral atuação de Spader. Quando Reddington, um ex-militar americano que vira um dos maiores alvos do FBI (Brody?), resolve se entregar, podemos ver um misto de cinismo e segurança que só um grande ator consegue dosar. E é nas atuações que The Blacklist se distingui dos demais dramas policiais da TV.

Harry Lennix é outro grande nome presente na trama, no papel do diretor do FBI Harold Cooper. Uma grata surpresa é Megan Boone, figura pouco conhecida pelo público, que interpreta a agente Elizabeth Keen. Além de se parecer um bocado com a ex-atriz pornô Sasha Grey (opa!), Boone tem uma atuação firme, mas ao mesmo tempo um tanto perturbada, que faz um excelente contraponto com o olhar e fala quase sempre serena de Spader.

Com um primeiro episódio cheio de reviravoltas e surpresas, The Blacklist aposta no perfil de protagonista consolidado pelas grandes séries: o anti-herói. Mesmo com todas suas falhas morais, é impossível não torcer por Walter White (Breaking Bad), Tony Soprano (The Sopranos) e Don Draper (Mad Men), por exemplo. E agora temos Red Reddington nesse time de personagens, no mínimo, conturbados.

PS: Sei que essa coluna é sobre cinema, mas a TV tem produzido coisas muito melhores que Hollywood ultimamente...