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Publicado: Sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Tempo de Crises

Hoje cogita-se mais acentuadamente da grave crise econômica-financeira iniciada nos Estados Unidos, primeiro país da liderança mundial. Na verdade, porém, as crises não se limitam às propaladas e terríveis crises financeiras, mas podem ser inúmeras: na moral, no governo, na sociedade, na família, na saúde, na educação, no trabalho e assim por diante. Todas são complicadíssimas e muitas se entrelaçam de tal maneira que a sua solução torna-se penosa e chega a desanimar, ante obstáculos tidos como insuperáveis.
 
Fazer o dinheiro surgir de imediato em grande quantidade parece constituir-se na solução ideal, a ponto de experts em loterias, aqui no Brasil, tratarem de modificá-las tornando-as mais frequentes e atrativas. No extremo oposto, em perfeito exemplo de nobreza e desprendimento, o festejado e brilhante jogador Kaká, confirma a máxima de que dinheiro não é tudo na vida, pois deixa de faturar cerca de cinquenta e oito (58) milhões de reais por ano, simplesmente para atender os anseios do próprio coração e dos apaixonados torcedores do Milan. 
        
Inequivocamente a maior crise é moral, decorrente, sobretudo, do absoluto indiferentismo com referência a existência de Deus e observância dos seus mandamentos. Detalhando melhor: a grande maioria não só não acredita como não pensa em Deus, chegando a duvidar da Sua existência. Procura por todas as maneiras resolver os abruptos problemas cada vez mais complexos e estranhos que eclodem no dia a dia. Não solucionando nada, amarguram-se com a própria debilidade ou incapacidade.
 
O pior é que os problemas chegam a se deslocar para alguns ambientes religiosos, onde se constata muita indiferença, desentendimento, egocentrismo, vaidades, gerando desagradáveis conflitos, fazendo-nos vislumbrar, ao longe, aquela fumacinha infernal de que nos falou o papa Paulo VI. E assim nós, cidadãos, cristãos, portadores da mesma fé e esperança, que unidos superaríamos com mais facilidades crises e obstáculos, nos colocamos em temerosos recuos, aguardando a eventualidade de milagres!
 
Todavia, não podemos nos abater, a ponto de olvidar, que a natureza não tem pressa (natura non facit saltus), eis que nela tudo é bem ordenado: dias e noites tem sua invariável duração, as estações do ano estão aí para regular as variações das temperaturas, bem como o restante das universalidades que integram a existência. Assim, entre outras providências, precisamos deixar de lado a correria que acompanha a vida moderna, primordial causadora do stress, doença que enseja desânimo, desinteresse, pessimismo, desesperança.
 
Se apelarmos pelo retorno à simplicidade de vida, sobretudo com dedicada reflexão à temas religiosos básicos, como filiação e proteção divinas, induvidosamente, em breve, nos depararemos com algo que poderá ser considerado como miraculoso. Desta forma, baniremos para bem longe a temática da crise econômica financeira que a robótica mídia não cessa de prenunciar e nos sentiremos encorajados a subjugar e vencer as adversidades.  
 
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