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Publicado: Sexta-feira, 27 de abril de 2012

Superávit atinge R$ 46 bilhões

Crédito: FF Consult Superávit atinge R$ 46 bilhões

O superávit primário do setor público consolidado alcançou R$10,4 bilhões em março. O Governo Central registrou superávit de R$7,5 bilhões; os governos regionais, superávit de R$2,9 bilhões; e as empresas estatais, superávit de R$102 milhões.

No ano, o superávit atingiu R$46 bilhões (4,51% do PIB), 0,43 p.p. do PIB superior ao registrado no mesmo período de 2011. No acumulado em doze meses o superávit atingiu R$135,4 bilhões (3,22% do PIB).

Os juros nominais, apropriados por competência, alcançaram R$21 bilhões em março, comparativamente a R$18,3 bilhões no mês anterior. O maior número de dias úteis no mês contribuiu para esse aumento. No acumulado no ano, os juros alcançaram R$59 bilhões (5,78% do PIB), reduzindo-se 0,34 p.p. do PIB em relação ao primeiro trimestre do ano anterior. Essa redução foi influenciada, sobretudo, pela trajetória de queda da taxa Selic e pela menor variação observada nos principais índices de preços. Em doze meses, os juros nominais alcançaram R$236,7 bilhões (5,64% do PIB).

O resultado nominal, que inclui o superávit primário e os juros nominais apropriados, registrou déficit de R$10,6 bilhões em março. No ano, o déficit acumulou R$13 bilhões (1,27% do PIB), comparativamente a R$19,7 bilhões (2,05% do PIB) no mesmo período de 2011. No acumulado em doze meses o déficit nominal alcançou R$101,3 bilhões (2,41% do PIB), comparativamente a R$97,6 bilhões (2,34% do PIB) no acumulado até fevereiro.

O déficit nominal do mês foi financiado mediante expansões de R$37,3 bilhões na dívida mobiliária em mercado e de R$10,3 bilhões nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária, contrabalançadas, parcialmente, pelas reduções de R$17,9 bilhões na dívida bancária líquida e de R$19,1 bilhões no financiamento externo líquido.

A dívida mobiliária federal, fora do Banco Central, avaliada pela posição de carteira, totalizou R$1.775,9 bilhões (42,3% do PIB) em março, registrando acréscimo de R$15,7 bilhões em relação ao mês anterior. O resultado refletiu resgates líquidos de R$1,2 bilhão, acréscimo de R$0,6 bilhão em razão da depreciação cambial e incorporação de juros de R$16,3 bilhões.

Destacaram-se emissões líquidas de R$15,6 bilhões em LTN, de R$6,4 bilhões em NTN-B e de R$3,2 bilhões em NTN-F; e resgates de R$26,2 bilhões em LFT e de R$0,2 bilhão em NTN-P.

A participação por indexador registrou a seguinte evolução, em relação a fevereiro: a porcentagem dos títulos indexados a câmbio ficou estável em 0,4%; a dos títulos vinculados à taxa Selic caiu de 22,7% para 21,4%, devido aos resgates de LFT; a dos títulos prefixados evoluiu de 30,3% para 30,9%, dadas as emissões líquidas de LTN e NTN-F; a dos títulos vinculados a índices de preços elevou-se de 26,3% para 26,4%, em razão de emissões líquidas de NTN-B. A participação das operações compromissadas evoluiu de 19,6% para 20,3%, apresentando vendas líquidas de R$18,8 bilhões no mercado secundário.

Ao final de março, a estrutura de vencimento da dívida mobiliária em mercado era a seguinte: R$226,8 bilhões, 12,8% do total, com vencimento em 2012; R$406,9 bilhões, 22,9% do total, com vencimento em 2013; e R$1.142,2 bilhões, 64,3% do total, vencendo a partir de janeiro de 2014.
Em março a exposição total líquida nas operações reversas de swap cambial alcançou R$5,6 bilhões. O resultado dessas operações (diferença entre a rentabilidade do DI e a variação cambial mais cupom) foi favorável ao Banco Central em R$344 milhões, no conceito caixa, valor contemplado na apuração das necessidades de financiamento do setor público.

A dívida líquida do setor público atingiu R$1.538,2 bilhões (36,6% do PIB) em março, reduzindo-se 0,9 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. A desvalorização cambial de 6,6% no mês respondeu por redução de R$35,2 bilhões (0,8% do PIB) na DLSP.

No ano, a relação DLSP/PIB elevou-se 0,2 p.p. A apropriação de juros nominais e o efeito da valorização cambial de 2,9% no ano contribuíram para elevar aquela relação em 1,4 p.p. e 0,4 p.p. do PIB, respectivamente. Em sentido contrário, o superávit primário e o efeito do crescimento do PIB corrente contribuíram para reduzir a relação DLSP/PIB em 1,1 p.p. e 0,5 p.p. do PIB, respectivamente.

A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$2.366,7 bilhões (56,3% do PIB) em março, elevando-se 0,6 p.p. do PIB em relação ao mês anterior, em função, principalmente, do crescimento das operações compromissadas e da dívida externa.

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