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Publicado: Terça-feira, 12 de abril de 2011

Substantivos Meus - Próprios

Substantivos Meus - Próprios
Em águas e óleos: toda densidade que me forma

Densidade. Como longas caminhadas pelos labirintos profundos do ser.

Âmago. Emaranhado de ervas vivas ou daninhas, inspirando pensamentos, respirando dúvidas e expirando meras fachadas de estabilidade eterna.

Alicerce. O concreto é o que sustenta, mas o abstrato é o que compõe.

Pés e cabeça. Como extremos de inquietantes questionamentos, frente ao espelho. E o algodão embebido em demaquilante, removendo resíduos do que poderia alterar completamente o rumo da história.

A vez...

Aquela ou a outra, cruzando caminhos - sinas ou escolhas - de palha, madeira ou tijolos.

Permanência. Tal qual o milésimo que define o recorde; acorde instável e transfigurado em cicatriz.

Sangue: suor. Gosto salgado e marcado a ferro nas páginas rabiscadas em cores poucas e realidades múltiplas.

Foco. Transparências; verdades. Expostas nuas e alvas, como alvo e cruas de responsabilidade pelo dano ao ego, pelo bem que rogo ou a doutrina que prego.

Água. Poço de fluidez contínua, refresco ao corpo e desejo intenso. Óleo. Turvas ideias, o impulso e a engrenagem a funcionar.

Arte. Toda densidade que me forma, em águas e óleos, borbulhando em pequenas explosões de musas, ousadias e dia-a-dia. E o magnetismo dos ímãs, pólos e agulhas, girando a bússola e apontando para mim...
Como sinal de que o alfa, o ômega e o "x" estão e estiveram, sempre, no mesmo lugar.

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